Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (Dec 2015)

Estoque domiciliar de medicamentos de pessoas assistidas por uma equipe de profissionais da Estratégia de Saúde da Família

  • Ana Paula Loch,
  • Nevoni Goretti Damo,
  • Ernani Tiaraju de Santa Helena,
  • Edson Machado Sirai Missugiro

DOI
https://doi.org/10.5712/rbmfc10(37)1090
Journal volume & issue
Vol. 10, no. 37

Abstract

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O estoque domiciliar de medicamentos é uma prática comum a muitas famílias, mas pode representar um risco à saúde. Foi realizado um estudo transversal em 100 domicílios em uma área de abrangência da Estratégia Saúde da Família (ESF) em Blumenau, SC, entre fevereiro e março de 2012. Nos domicílios visitados, 91% tinham medicamentos, sendo encontrados 737 medicamentos (média de 7,6 por domicílio). O grupo terapêutico de medicamentos mais frequente foi o dos que atuam no sistema digestivo 148 (20,1%) e o medicamento mais encontrado foi o paracetamol (48,7%). Dentre os entrevistados, 29 (31,9%) relataram descartar medicamentos no lixo comum, 12 (13,2%) não observavam o aspecto físico antes de utilizar e 74 (81,3%) tiveram acesso a medicamentos em farmácias comunitárias e ESFs. Observou-se associação entre número de medicamentos e número de pessoas no domicílio (p<0,01) e com presença de doenças crônicas (p<0,05). Pessoas com mais escolaridade armazenam mais medicamentos (p<0,001). Contudo, pessoas com baixa escolaridade utilizam mais medicamentos prescritos por médicos (p<0,001).

Keywords