Arquivos de Neuro-Psiquiatria (Jun 1997)

From the foot-mouth reflex to the hand-mouth reflex a continuum of responses to Appendicular Compression Do reflexo pé-boca ao reflexo mão-boca: um continuum de respostas à Compressão Apendicular

  • Fleming S. Pedroso,
  • Newra T. Rotta

DOI
https://doi.org/10.1590/S0004-282X1997000200004
Journal volume & issue
Vol. 55, no. 2
pp. 186 – 192

Abstract

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We studied the mouth opening response to appendicular compression in two groups of children. This study was performed with the intention of testing the semiologic role of the act of mouth opening following stimulation of various regions, based on the hand mouth reflex of Babkin. Group I was formed by 33 normal children who underwent monthly follow up assessments since birth; and group II consisted of 50 children older than 6 months of age, known to have a neurologic deficit and a neuro-psychomotor development equivalent to that of a child in the first trimester of life. We observed that the normal mouth opening response in group I was more pronounced following compression of the hand and forearm when compared to compression of the arm (pCom a intenção de testar a importância semiológica da abertura da boca a estímulos em diferentes regiões, partindo do reflexo mão-boca de Babkin, foram estudadas as respostas de abertura da boca por compressão apendicular em dois grupos de crianças, sendo o grupo I constituído de 33 crianças normais acompanhadas desde o nascimento e revisadas ao final de cada mês e o grupo II constituído de 50 crianças com patologia neurológica com idade superior a 6 meses e cujo desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) fosse do 1° trimestre de vida. Observou-se que a evolução normal da resposta motora de abertura da boca no grupo I por compressão é mais eficiente na mão e antebraço do que no braço (p<0,001), podendo persistir durante o 1º semestre de vida. Não foi possível demonstrar esta resposta à compressão do membro inferior (MI). Nas crianças do grupo II, foi possível observar as respostas de abertura da boca aos estímulos em todos os segmentos apendiculares, sendo no membro superior (MS) o estímulo na mão mais efetivo do que no antebraço (p<0,01), no antebraço mais efetivo que no braço (p<0,01). Os estímulos no MI mostraram o pé mais efetivo do que a perna (p<0,05). Entretanto a eficácia do estímulo da perna em relação à coxa não foi estatisticamente significativo. A presença dessas respostas até agora não relatadas como pé-boca pode indicar maior severidade do comprometimento do sistema nervoso central, com pior prognóstico. Pensamos que estas observações possam ter especial interesse para os profissionais da reabilitação, constituindo mais um marcador de alterações neurológicas precoces no DNPM da criança.

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