Revista de Medicina da UFC (Dec 2020)

Manifestações oculares em crianças com síndrome congênita do vírus Zika

  • Paula Yndihanara Monteiro Andrade,
  • Nivia Maria Rodrigues Arrais,
  • Cláudia Rodrigues Souza Maia,
  • Clicério José de Souza Rebouças,
  • Renackson Jordelino Garrido

DOI
https://doi.org/10.20513/2447-6595.2020v60n4p25-31
Journal volume & issue
Vol. 60, no. 4
pp. 25 – 31

Abstract

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Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico e as alterações oculares em recém-nascidos acompanhados em um ambulatório de síndrome congênita do vírus Zika (SCZ) no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), em Natal, Rio Grande do Norte. Metodologia: Estudo retrospectivo, transversal e descritivo pela análise de prontuários de 32 pacientes com diagnóstico de SCZ submetidos a exame oftalmológico entre janeiro e agosto de 2016, no serviço de oftalmologia do HUOL. Resultados: Metade dos pacientes era do sexo masculino e a idade média ao exame foi 4,9 meses de vida. 43,7% tinham baixo peso ao nascimento e as alterações oculares mais frequentes foram atrofia macular (36,3%) e mottling (13,6%). As mães apresentaram mais sintomas no primeiro trimestre de gestação (62,9%), sendo mais prevalente exantema (92,5%) e prurido (66,6%). Não foram encontradas evidências de diferença estatística entre a alteração ocular e as características gerais dos pacientes. Conclusões: Descrever o perfil epidemiológico e as principais alterações oftalmológicas pode guiar profissionais no diagnóstico das lesões mais prevalentes mais precocemente, possibilitando correção de lesões potencialmente curáveis e/ou ações que permitam seu crescimento e desenvolvimento com menor perda da qualidade de vida.

Keywords