ABCS Health Sciences (Aug 2019)

Dois casos de hiperpigmentação cutânea induzido pela polimixina B

  • Cássio Alexandre Oliveira Rodrigues,
  • Rand Randall Martins,
  • Eduardo Queiroz da Cunha,
  • Marizaldo de Souto Lima,
  • Valdjane Saldanha

DOI
https://doi.org/10.7322/abcshs.v44i2.1170
Journal volume & issue
Vol. 44, no. 2

Abstract

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Introdução: O processo de hiperpigmentação cutânea envolve mecanismos bioquímicos e imunológicos que estimulam a melanogênese e apesar da nefrotoxicidade consistir na reação adversa mais relevante da polimixina B, o antimicrobiano também está associado a esta alteração. Relato do caso: Caso1: paciente masculino diagnosticado com Linfoma de Hodgkin, que desenvolveu hiperpigmentação cutânea após iniciar tratamento com meropenem, anidulafungina e polimixina B devido a um quadro de choque séptico. Caso 2: paciente masculino admitido na UTI por rebaixamento do nível de consciência e suspeita de IAMCSST, diagnosticado com endocardite e pericardite, que também apresentou hiperpigmentação cutânea durante terapia com anfotericina B e polimixina B. Conclusão: Após criteriosa avaliação da ordem cronológica e medicamentos utilizados pelos pacientes, concluímos que a polimixina B desencadeou a hiperpigmentação em ambos. Por fim, baseado ao mecanismo desta reação e aos achados científicos, estudos clínicos que possam evidenciar um provável efeito farmacológico com o uso de antagonistas H2 são necessários.

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