Arquivos de Neuro-Psiquiatria (Sep 2005)

Ullrich congenital muscular dystrophy and bethlem myopathy: clinical and genetic heterogeneity Distrofia muscular congênita com hiperextensibilidade articular distal (Ullrich) e miopatia de Bethlem: heterogeneidade clínica e genética

  • Umbertina Conti Reed,
  • Lucio Gobbo Ferreira,
  • Enna Cristina Liu,
  • Maria Bernadete Dutra Resende,
  • Mary Souza Carvalho,
  • Suely Kazue Marie,
  • Milberto Scaff

DOI
https://doi.org/10.1590/S0004-282X2005000500013
Journal volume & issue
Vol. 63, no. 3b
pp. 785 – 790

Abstract

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Ullrich congenital muscular dystrophy (UCMD), due to mutations in the collagen VI genes, is an autosomal recessive form of CMD, commonly associated with distal joints hyperlaxity and severe course. A mild or moderate involvement can be occasionally observed. OBJECTIVE: To evaluate the clinical picture of CMD patients with Ullrich phenotype who presented decreased or absent collagen VI immunoreactivity on muscular biopsy. RESULTS: Among 60 patients with CMD, two had no expression of collagen V and their clinical involvement was essentially different: the first (3 years of follow-up) has mild motor difficulty ; the second (8 years of follow-up) never acquired walking and depends on ventilatory support. A molecular study, performed by Pan et al. at the Thomas Jefferson University, demonstrated in the first a known mutation of Bethlem myopathy in COL6A1 and in the second the first dominantly acting mutation in UCMD and the first in COL6A1, previously associated only to Bethlem myopathy, with benign course and dominant inheritance. CONCLUSION: Bethlem myopathy should be considered in the differential diagnosis of UCMD, even in patients without fingers contractures; overlap between Ullrich and Bethlem phenotypes can be supposed.A distrofia muscular congênita (DMC) com hiperextensibilidade articular distal (fenótipo Ullrich) associa-se a mutações nos genes do colágeno VI e corresponde a um grave quadro congênito de herança autossômica recessiva e curso progressivo, ocasionalmente mostrando menor gravidade. OBJETIVO: Avaliar o quadro clínico dos pacientes com DMC tipo Ullrich que apresentam imunoexpressão baixa ou ausente do colágeno VI na biópsia muscular. RESULTADOS: Entre 60 pacientes com DMC, dois mostravam imunomarcação negativa do colágeno VI. Mostravam-se clinicamente essencialmente diferentes: o primeiro, com 8 anos de idade e três de seguimento mostra leve dificuldade motora; o segundo, com 14 anos de idade e 8 de seguimento, não deambula e apresenta insuficiência respiratória. O estudo molecular, realizado na Thomas Jefferson University por Pan et al., revelou no primeiro, no gene COL6A1, mutação típica da miopatia de Bethlem, que tem curso benigno e herança autossômica dominante; e no segundo a primeira mutação de efeito dominante e do gene COL6A1, previamente associado apenas à miopatia de Bethlem. CONCLUSÃO: A miopatia de Bethlem deve constar no diagnóstico diferencial da DMC tipo Ullrich, mesmo na ausência das típicas contraturas dos dedos; pode existir sobreposição dos fenótipos Ullrich e Bethlem.

Keywords