Jornal Brasileiro de Pneumologia (Aug 2006)

Análise da mecânica pulmonar em modelo experimental de sepse Analysis of pulmonary mechanics in an experimental model of sepsis

  • Rodrigo Storck Carvalho,
  • André Gustavo Magalhães de Pinho,
  • Ana Paula Alves de Andrade,
  • César Augusto Melo e Silva,
  • Carlos Eduardo Gaio,
  • Paulo Tavares

DOI
https://doi.org/10.1590/S1806-37132006000400010
Journal volume & issue
Vol. 32, no. 4
pp. 316 – 321

Abstract

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OBJETIVO: Verificar se há alterações na mecânica pulmonar de camundongos com sepse. MÉTODOS: Foram utilizados 40 camundongos Balb/c divididos em dois grupos: sobrevida (n = 21) e mecânica respiratória (n = 19). O grupo sobrevida foi dividido em três subgrupos: controle (n = 7), subletal (n = 7) e letal (n = 7). O grupo mecânica respiratória também foi dividido em três subgrupos: controle (n = 5), subletal (n = 7) e letal (n = 7). A sepse foi induzida pelo método cecal ligation and puncture, usando-se um estímulo subletal e outro letal. A mecânica pulmonar foi medida oito horas após a intervenção, utilizando-se o método da oclusão ao final da inspiração. Dentro do grupo mecânica pulmonar foram estudadas as seguintes variáveis: variação total de pressão, pressão resistiva, pressão viscoelástica, elastância dinâmica e elastância estática. Os dados foram analisados por meio do teste estatístico ANOVA One-Way. RESULTADOS: Os dados do grupo sobrevida determinaram a eficácia do modelo utilizado. Não houve diferença estatística entre os subgrupos da mecânica pulmonar quando analisadas as elastâncias dinâmica e estática, bem como não houve diferença estatística entre os subgrupos da mecânica pulmonar quando analisadas a variação total de pressão, pressão resistiva e pressão viscoelástica. CONCLUSÃO: Não houve lesão estrutural no pulmão, bem como não houve alteração nos componentes viscoso e viscoelástico do pulmão quando essas variáveis foram estudadas oito horas após a intervenção pelo método cecal ligation and puncture.OBJECTIVE: To determine whether pulmonary mechanics are altered in mice with sepsis. METHODS: A total of 40 Balb/c mice were divided into two groups: survival (n = 21) and pulmonary mechanics (n = 19). The survival group was divided into three subgroups: control (n = 7), sublethal (n = 7) and lethal (n = 7). The pulmonary mechanics group was also divided into three subgroups: control (n = 5), sublethal (n = 7) and lethal (n = 7). Sepsis was induced through cecal ligation and puncture, the latter varying in degree (sublethal or lethal). At eight hours after the intervention, pulmonary mechanics were measured through end-inflation occlusion. In the pulmonary mechanics group, the following variables were studied: total pressure, resistance, viscoelasticity, dynamic compliance and static compliance. The data obtained were analyzed using one-way ANOVA. RESULTS: The data for the survival group indicate the efficacy of the model employed. There were no statistically significant differences among the pulmonary mechanics subgroups in terms of dynamic compliance, static compliance, total pressure, resistance or viscoelasticity. CONCLUSION: At eight hours after cecal ligation and puncture, there were no changes in the lung parenchyma, nor were any alterations observed in the viscous and viscoelastic components of the lung.

Keywords