Geriatrics, Gerontology and Aging (Nov 2024)
Percepção de Envelhecimento E Finitude no Final da Vida Adulta Tardia
Abstract
Objetivos: Avaliar a percepção de envelhecimento e finitude no final da vida adulta tardia no grupo de idosos do Projeto Melhor Idade, do município de Paraíso do Tocantins. Métodos: Processo investigativo desenvolvido no grupo voltado à terceira idade da secretaria municipal da cidade de Paraíso do Tocantins/TO, conhecido como Projeto Melhor Idade, por meio de estudo exploratório de campo, com abordagem qualitativa. Para isso, foram utilizados três instrumentos: entrevista semiestruturada (Celich e Frumi, 2006), Escala de Ansiedade Perante a Morte (Templer, 1970) e Questionário de Ansiedade Perante a Morte – DAQ (Conte, Weiner e Plutchik, 1982). Resultados: Os resultados apontaram, quanto ao medo da ideia de morrer, que a maioria dos entrevistados afirmou não se amedrontar com essa possibilidade, mesmo tendo o conhecimento que nessa fase de suas vidas o risco de morte é cada vez maior. O medo da morte não está pura e simplesmente na finalização da existência da matéria humana em seu aspecto físico, mas também em diversas outras questões, principalmente o risco de ser acometido por alguma doença grave que gere grande dependência física e psíquica. A idade dos idosos variou entre 75 e 89 anos, e 67% dos entrevistados eram do sexo feminino e 33%, do sexo masculino. Observou-se que boa parte deles tem religião definida e é casada ou viúva. Conclusão: Os resultados demonstraram, com base nas análises desenvolvidas e na discussão teórica, que a velhice gera incerteza e medo aos idosos, mas não pela morte propriamente dita, e sim pelo medo de ficar sozinhos e prostrados, dependendo de outras pessoas para se locomover ou realizar suas atividades cotidianas. Espera-se, assim, que este estudo possa contribuir para a ampliação do conhecimento da percepção sobre o envelhecimento e a finitude na vida adulta tardia para os idosos participantes do Projeto Melhor Idade do Município de Paraíso (Tocantins – TO), na medida em que possa prover subsídios para novas investigações e práticas profissionais relacionadas ao envelhecimento, bem como possa induzir a necessidade de reflexão sobre essa etapa do ciclo de vida.