Rev Rene (Jan 2018)

Acesso de lésbicas, gays, bissexuais e travestis/transexuais às Unidades Básicas de Saúde da Família

  • Geane Silva Oliveira,
  • Jordana de Almeida Nogueira,
  • Gilka Paiva Oliveira Costa,
  • Francisca Vilena da Silva,
  • Sandra Aparecida de Almeida

DOI
https://doi.org/10.15253/2175-6783.2018193295
Journal volume & issue
Vol. 19
pp. 1 – 7

Abstract

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Objetivo compreender o acesso de lésbicas, gays, bissexuais e travestis/transexuais às Unidades Básicas de Saúde da Família.Métodos pesquisa qualitativa, realizada com 54 usuários(as). Utilizou-se entrevista semiestruturada e o teste de associação livre de palavras. Os dados foram processados pelo software IRaMuTeQ® e submetidos à técnica de Análise de Conteúdo na modalidade temática.Resultados emergiram seis categorias: Silenciamento quanto à orientação sexual e identidade de gênero - o acesso é facilitado desde que não se revelem; Invisibilidade e indiferença aos marcos políticos legais- antagonismo entre o paradigma pensado e executado; Manifestações homofóbicas e efeitos no acesso - uso restrito do serviço; Constrangimento e distanciamento - afastamento e busca por serviços privados; Práticas des(humanizadas) e antiéticas - falta de sensibilização, sigilo; e Estigma e acesso - permanência de estigmas entre Síndrome de Imunodeficiência Adquirida e homossexualidade.Conclusão o acesso desta população aos serviços de saúde é limitado, permeado por intolerância, constrangimentos e posicionamentos aéticos e excludentes.