Condicionamento osmótico, ação antioxidativa e estresse térmico em sementes de girassol com diferentes níveis de vigor

Abstract

A técnica de condicionamento osmótico reduz o período entre a semeadura e a emergência de mudas no campo, além de favorecer o desempenho das sementes em condições de estresse. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito do condicionamento osmótico no desempenho fisiológico e na atividade enzimática antioxidativa de sementes de girassol com diferentes níveis de vigor e expostas ao estresse térmico. Foram utilizados três lotes de sementes de girassol, cultivar Hélio 250. Inicialmente, as sementes foram avaliadas pelos testes de germinação e vigor para caracterizar os lotes. Em seguida, foram condicionadas em solução de polietilenoglicol 6000 a -2,0 MPa, a 15 °C por 8 h. Posteriormente, as sementes condicionadas e não condicionadas foram testadas quanto à qualidade fisiológica (germinação, contagem de primeira germinação, porcentagem e índice de velocidade de emergência das plântulas e matéria seca das plântulas) e determinação da atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT ), ascorbato peroxidase (APX) e peroxidase (POX) sob três temperaturas: 15 °C (sub ótima), 25 °C (ótima) e 35 °C (supra ótima). Através de testes fisiológicos, os lotes 1, 2 e 3 foram classificados em três níveis diferentes de vigor, sendo alto, médio e baixo, respectivamente. O condicionamento osmótico favoreceu o desempenho das sementes de girassol na germinação e vigor em todas as temperaturas analisadas. Este efeito foi mais pronunciado em lotes de qualidade fisiológica mais baixa em temperaturas sub ótima e supra ótima. As temperaturas sub e supra ótimas causaram uma redução no desempenho fisiológico das sementes, principalmente nos lotes menos vigorosos. Em geral, o condicionamento osmótico favoreceu um aumento na atividade das enzimas SOD, CAT, POX e APX, principalmente em sementes de baixo vigor expostas às temperaturas sub e supra ótimas. O condicionamento osmótico de sementes de girassol no PEG 6000 a -2,0 MPa, por 8 horas, é eficiente para melhorar o desempenho dos lotes com menos vigor sob estresse devido às temperaturas sub e supra ótimas, favorecendo o aumento da atividade das enzimas do sistema antioxidativo.

Keywords

• Estresse abiótico
• Estresse oxidativo
• Helianthus annuus L.
• Temperatura
• Vigor de sementes.