Jornal Vascular Brasileiro (Sep 2013)

Revisao de 15 casos submetidos a oclusao temporaria bilateral de arteria iliaca interna em pacientes com alto risco para hemorragia obstetrica

  • Mariana Krutman,
  • Francisco Leonardo Galastri,
  • Breno Boueri Affonso,
  • Felipe Nasser,
  • Fabiellen Berzoini Travassos,
  • Marcos de Lourenco Messina,
  • Nelson Wolosker

DOI
https://doi.org/10.1590/jvb.2013.040
Journal volume & issue
Vol. 12, no. 3
pp. 202 – 206

Abstract

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OBJETIVO: Analisar os resultados de 15 pacientes com elevado risco de sangramento obstétrico, submetidas ao implante de catéteres balão profilático para oclusão temporária das artérias hipogástricas. MÉTODOS: Uma análise retrospectiva foi realizada com base em prontuários de 15 pacientes submetidas ao implante de catéteres balão profilático, de janeiro/2008 a dezembro/2011. Todas as pacientes incluídas no estudo foram diagnosticadas no período antenatal com doença placentária associada a alto risco de hemorragia obstétrica. RESULTADOS: A média de idade das pacientes estudadas foi de 36 anos (32-42 anos). Nove pacientes eram portadoras de acretismo placentário, quatro possuíam placenta prévia, uma estava com gestação ectópica e uma apresentava miomatose uterina e coagulopatia associada a Lupus Eritematosos Sistêmico. O volume total de contraste utilizado para o procedimento variou entre 20 e 160 ml (média de 84 ml). A média do número total de dias de internação e o número de dias de internação após o procedimento foram, respectivamente, 12,4 e 4,9 dias. Em oito (53%) casos, não houve necessidade de transfusão sanguínea no intraoperatório ou após a cirurgia. A média do número de unidades de sangue transfundida foi 2,06. A única complicação associada ao procedimento foi a trombose arterial de artéria ilíaca externa, observada em dois casos. CONCLUSÃO: A oclusão temporária de artérias hipogástricas é um método seguro e efetivo para controle de hemorragia em pacientes com elevado risco de sangramento obstétrico, quando realizado por equipe experiente. Os resultados deste estudo são observacionais, retrospectivos e não randomizados; portanto, não podemos apoiar o uso rotineiro dessa técnica, mas podemos incluí-la no arsenal de recursos para casos selecionados com potencial para sangramento.

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