Distúrbios da Comunicação (Jan 2020)

Treinamento auditivo: zumbido e habilidades auditivas em idosos com perda auditiva

  • Bianca Bertuol,
  • Tiago de Melo Araújo,
  • Eliara Pinto Vieira Biaggio

DOI
https://doi.org/10.23925/2176-2724.2019v31i4p538-548
Journal volume & issue
Vol. 31, no. 4
pp. 538 – 548

Abstract

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Introdução: O zumbido juntamente com a perda auditiva, é uma percepção acústica anormal que pode levar a uma desorganização no Sistema Nervoso Auditivo Central. Por isso sujeitos portadores são suscetíveis ao Transtorno do Processamento Auditivo Central. O Treinamento Auditivo, baseado nos conceitos de neuroplasticidade pode auxiliar na redução do incômodo com o zumbido, por objetivar sincronia na via auditiva. Objetivo: Estimar os efeitos do Treinamento Auditivo Acusticamente Controlado Computadorizado na redução do incômodo com o zumbido e nas alterações das habilidades auditivas em idosos com perda auditiva usuários de próteses auditivas. Material e Método: Estudo transversal quantitativo e qualitativo, no qual foram reabilitados cinco idosos com zumbido, alteração em pelo menos uma habilidade auditiva e perda auditiva. Foram realizadas avaliações pré e pós intervenção, sendo elas: anamnese e avaliação audiológica básica, aplicação do questionário Tinnitus Handicap Inventory, testes comportamentais do processamento auditivo e avaliação eletrofisiológica. Realizou-se o tratamento com o software Escuta Ativa, em 16 sessões de em média 30 minutos cada. Resultados: Houve diferença estatisticamente significante em relação aos valores pré e pós tratamento no questionário Tinnitus Handicap Inventory e nos testes comportamentais. Não houve mudanças eletrofisiológicas pré e pós tratamento. Conclusão: Foi possível avaliar os efeitos do Treinamento Auditivo Acusticamente Controlado Computadorizado na redução do incômodo com o zumbido, por meio do questionário escolhido aplicado pré e pós intervenção. Além disso, algumas habilidades auditivas comportamentais também melhoraram com a referida intervenção. Apenas não foi possível observar mudanças eletrofisiológicas no Potencial Evocado Auditivo Longa Latência.

Keywords