Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2021)

PERFIL DAS REAÇÃOES TRANSFUSIONAIS DO HOSPITAL MATERNO INFANTIL NOSSA SENHORA DE NAZARETH NO ANO DE 2018 – BOA VISTA (RR)

  • LCA Holanda,
  • IG Fortes,
  • NEA Rodrigues,
  • LKS Silva,
  • RCRM Alho

Journal volume & issue
Vol. 43
p. S379

Abstract

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Introdução: Reação transfusional é definida como toda e qualquer intercorrência que ocorra como consequência da transfusão sanguínea, durante ou após sua administração. Mesmo quando bem indicada, a transfusão sanguínea pode levar a reações. Objetivos: Caracterizar o perfil de reações transfusionais do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazaré (HMINSN). Materiais e métodos: Estudo retrospectivo, descritivo. Foi realizado levantamento das ocorrências de reações transfusionais no ano de 2018 no serviço transfusional do HMINSN. Verificou-se o tipo de reação, bloco do hospital, hemocomponente envolvido, tipo sanguíneo do paciente e faixa etária. As informações foram tratadas em planilhas do programa Microsoft Office Excel 2016 para análise de frequência. Resultados e discussão: Em 2018 foram realizadas um total de 2.112 transfusões no HMINSN. Verificou-se que ocorreram 09 (0,42%) reações transfusionais, sendo 05 (56%) do tipo alérgica, 02 (22%) febril não hemolítica e 02 (22%) sobrecarga volêmica. As reações transfusionais ficaram distribuídas entre os blocos: Margaridas 05 (56%) pré e pós cirúrgico, Rosas 02 (22%) alojamento conjunto, Violetas – Centro Cirúrgico 01 (11%) e Pedras Preciosas 01 (11%) UTI neonatal. O hemocomponente envolvido nas reações foi o concentrado de hemácias 09 (100%). Os tipos sanguíneos mais frequentes dos pacientes foram O+ 05 (56%), A+ 4 (44%). Com relação a faixa etária, 04 (44%) pacientes tinham idade maior que 36 anos, 03 (33%) tinham idade menor que 21 anos e 02 (44%) tinham idade entre 21–35 anos. Foi observado também que todas as reações tinham sido notificadas no Sistema NOTIVISA. As reações alérgicas e febril não hemolítica foram as mais comuns neste estudo corroborando com a literatura. Conclusão: É imprescindível o conhecimento do perfil de reações transfusionais no HMINSN no intuito de prevenir ou minimizar o risco da transfusão, bem como para elaboração de protocolos internos com objetivo de orientar/atualizar profissionais para tomada de condutas frente a reação transfusional e para prevenção de subnotificações.