Viso (Jun 2017)

Febre do rato como deseducação de corpos e discursos: uma interpretação foucaultiana

  • André Duarte,
  • Dayana Brunetto

DOI
https://doi.org/10.22409/1981-4062/v20i/218
Journal volume & issue
Vol. 11, no. 20
pp. 50 – 68

Abstract

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O texto interpreta o filme Febre do rato, de Cláudio Assis, à luz das concepções foucaultianas sobre a heterotopia, sobre corpos e prazeres como resistência ao dispositivo da sexualidade, bem como sobre as posteridades do cinismo antigo, entendidas aqui como manifestações contemporâneas de resistência aos processos de educação normalizadora de corpos, sexualidades e discursos. Inspirando-nos no filme, estabelecemos uma relação entre as análises foucaultianas sobre as manifestações escandalosas da arte de viver dos cínicos da antiguidade e as formas de atuação de coletivos contemporâneos de inspiração queer, como a Marcha das Vadias, cujas performances corporais exploram a potência do escândalo e do dizer-verdadeiro contra as violências que se abatem sobre mulheres e outras minorias.

Keywords