Scientific Electronic Archives (Dec 2022)

Avaliação do efeito biológico de Moringa oleifera Lam. in vivo

  • Wemerson Aparecido da Silva Ferreira,
  • Erica Gabriele da Silva Pereira,
  • Danilo Henrique Aguiar,
  • Angellica Fernandes de Oliveira,
  • Marina Mariko Sugui

DOI
https://doi.org/10.36560/16120231731
Journal volume & issue
Vol. 16, no. 1

Abstract

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A Moringa oleifera Lam. pertence à família Moringaceae, conhecida popularmente no Brasil como “moringa”, “lírio branco” ou “quiabo-de-quina”, possui inúmeros benefícios para a saúde, incluindo propriedades nutricionais e medicinais. O estudo proposto teve como objetivo avaliar as atividades mutagênica/antimutagênica e citotóxica do extrato aquoso de M. oleifera contra danos induzidos ao DNA pelo N-etil-N-nitrosuréia (ENU) em células de medula óssea de camundongos machos Swiss, através do teste do micronúcleo e a viabilidade celular em culturas de células de Ovário de Hamster Chinês (CHO), respectivamente. Foram utilizados 8 animais/grupo, que receberam durante 15 dias consecutivos o tratamento, via gavagem, com extrato aquoso de M. oleifera. No 15º dia, os animais receberam tratamento intraperitoneal com NaCl 0,9% ou ENU (50 mg/Kg), sendo sacrificados 24 horas após o tratamento para avaliação da frequência de eritrócitos policromáticos micronucleados (MNPCEs). Para a avaliação da atividade citotóxica in vitro das células CHO foi utilizado o ensaio de exclusão com azul de tripan para as concentrações de 5000, 2500, 1000, 200, 100 e 50 µg/mL do extrato de M. oleifera. Os resultados obtidos mostram que o pré-tratamento com o extrato aquoso de M. oleifera, sob as condições testadas, reduziu significativamente (p ≤ 0,01) a frequência de MNPCEs induzidos pelo ENU quando comparado com o grupo controle positivo, apresentando efeito antimutagênico. Não foi observado efeito mutagênico no grupo tratado somente com o extrato aquoso de M. oleifera. O teste de viabilidade celular pelo azul de tripan mostrou células viáveis somente nas concentrações testadas de 100 µg/mL (85,6%) e 50 µg/mL (95,5%). Neste contexto, o efeito antimutagênico apresentado pelo extrato aquoso de M. oleifera pode ser o resultado de uma ação sinérgica entre os diversos constituintes da planta e sua ação citotóxica depende da concentração utilizada. Nas condições realizadas, o estudo sugere que o extrato aquoso de M. oleifera não tem ação citotóxica em baixas concentrações e possui um efeito quimioprotetor para o câncer.

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