Ciência Agrícola (Feb 2017)

VARIAÇÕES MORFOLÓGICAS EM GENÓTIPOS DE PINHEIRAS (Annona squamosa L.)

  • Taciana de Lima Salvador,
  • Eurico Eduardo Pinto de Lemos,
  • Tatiana de Lima Salvador,
  • Leila de Paula Rezende

DOI
https://doi.org/10.28998/rca.v14i1.2046
Journal volume & issue
Vol. 14, no. 1
pp. 7 – 14

Abstract

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A caracterização morfológica através de descritores botânicos visíveis e mensuráveis é um dos métodos mais utilizados para distinguir cultivares de diversas espécies vegetais. Na família Anonnaceae, a caracterização morfológica de cultivares foi proposta apenas para a cherimóia (Annona cherimola Mill.) pela sua grande variabilidade natural e obtida através de programas de melhoramento em várias partes do mundo. A domesticação e a crescente importância de outros membros dessa família na produção de frutas tem feito surgir uma forte demanda por novas cultivares mais produtivas e com atributos comerciais desejáveis. No caso da pinheira (Annona squamosa L.), que há séculos vem sendo propagada sexuadamente, não existem cultivares registradas nos países produtores. Todavia, variações significativas tem sido observadas entre os tipos cultivados nas diversas regiões do mundo e também no Brasil. Algumas dessas plantas possuem grande apelo comercial e, se multiplicadas vegetativamente, poderiam dar origem a novas cultivares comerciais. Em Palmeira dos Índios, tradicional região produtora de pinha em Alagoas, atém do tipo Crioula predominante podem ser encontradas plantas com características fenotípicas bem diferentes. Este trabalho objetivou determinar descritores morfológicos mínimos para discriminar genótipos de pinheiras distintas do tipo padrão existente Crioula. Para tanto, se estudou 26 caracteres morfológicos típicos da cultivar padrão Crioula em 40 indivíduos escolhidos ao acaso em duas populações de pinheiras nos municípios de Palmeira dos Índios e Rio Largo, Alagoas. Os resultados de comparação dos 26 descritores morfológicos sugeridos apresentaram alto grau de similaridade entre as duas populações do tipo Crioula padrão, mas quando comparados com outros três genótipos apresentaram diferenças importantes capazes de os discriminar facilmente. Entre os descritores morfológicos mais discriminantes estão a cor, a textura e a cerosidade da casca do fruto, a cor dos ramos jovens, o formato e ondulação da lâmina foliar. Uma lista de descritores mínimos é proposta ao final. Palavras-chave: anona, ata, fruta-do-conde, morfologia.