Revista Agrogeoambiental (Oct 2014)

Comportamento de cultivares de morangueiro em Maria da Fé e Inconfidentes, sul de Minas Gerais

  • Joaquim Gonçalves Pádua,
  • Luiz Carlos Dias Rocha,
  • Emerson Dias Gonçalves,
  • Thaís Helena de Araújo,
  • Ezequiel Lopes do Carmo,
  • Rafaela Costa

DOI
https://doi.org/10.18406/2316-1817v7n22015543
Journal volume & issue
Vol. 7, no. 2

Abstract

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Nos últimos anos a cultura do morango tem-se expandido rapidamente e inúmeras cultivares tem sido introduzidas na região Sul de Minas. A maioria dessas introduções é feita sem avaliações prévias dos materiais nas condições ecológicas das regiões de cultivo, o que muitas vezes, pode levar alguns produtores ao fracasso, visto que a escolha das cultivares é um dos pontos chaves para se obter o sucesso esperado com a cultura. As características das cultivares aliadas às condições ambientais da região e ao manejo adotado irão determinar a produtividade e a qualidade do produto final, influenciando inclusive na comercialização, devido à preferência de alguns mercados por frutas com determinadas características. Neste trabalho objetivou-se avaliar os aspectos produtivos das cultivares Albion, Aleluia, Aromas, Camarosa, Camino Real, Festival, Oso Grande e Ventana em Maria da Fé, na Fazenda Experimental da EPAMIG e em Inconfidentes, na área experimental do Instituto Federal, na região Sul de Minas Gerais. Os tratamentos foram delineados em blocos ao acaso, com parcelas subdivididas e quatro repetições com 30 plantas por sub-parcela, sendo os locais avaliados como tratamentos primários e as cultivares como tratamentos secundários. Em ambos os ensaios, a transplantação das mudas foi realizada em maio, no espaçamento de 0,4m entre linhas e de 0,3m entre plantas. Semanalmente, de agosto a outubro, os frutos foram colhidos no período da manhã, e foram analisadas as seguintes variáveis: produção em cada colheita, peso médio de dez frutos, diâmetro transversal e longitudinal, produção total por cultivar, conteúdo de sólidos solúveis totais (SST) e acidez titulável (% do ácido cítrico). As cultivares Albion, Aleluia, Camino Real e Festival não apresentaram diferenças entre os locais de cultivo e foram menos produtivas quando comparadas às demais. Considerando que os fatores cultivares e locais apresentaram maiores respostas para a produção de frutos por planta, e pouca diferença para as demais características avaliadas, pode-se inferir que as cultivares Camarosa, Oso Grande e Ventana mostraram ser mais promissoras para o cultivo tanto em Maria da Fé como em Inconfidentes, enquanto a cultivar Aromas mostrou ser mais adequada para o cultivo em Maria da Fé.