Medicina (Jun 2021)

Avaliação da função cardiovascular e qualidade de vida em pacientes com insuficiência cardíaca com e sem comportamento sedentário

  • Luiz Antôno Souza de Araújo,
  • Stella Maris Firmino,
  • Emilio Martins Curcelli,
  • Marcio Junior Ventura Martins,
  • Andreia Agraso Gusmão,
  • Maria Carolina Derêncio Oliveira,
  • Juliana Cristina Milan-Mattos,
  • Polliana Baptista dos Santos,
  • Renan Shida Marinho,
  • Taina Fabri Carneiro Valadão,
  • Leticia Vecchi Leis,
  • Silmeia Garcia Zanati Bazan,
  • Aparecida Maria Catai,
  • Ângela Mérice Oliveira Leal,
  • Meliza Goi Roscani

Journal volume & issue
Vol. 54, no. 1

Abstract

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Fundamentos e objetivos: Apesar dos reconhecidos benefícios da prática de atividade física em pacientes com doença cardiovascular, acredita-se que pacientes com insuficiência cardíaca e fração de ejeção reduzida com comportamento não sedentário, mesmo que não pratiquem exercício físico regular, apresentem melhora da função cardiovascular e qualidade de vida em comparação a pacientes sedentários. Objetivo: comparar a capacidade funcional, função ventricular e qualidade de vida de pacientes com insuficiência cardíaca sedentários e não sedentários. Métodos: Foram avaliados pacientes com Insuficiência Cardíaca e Fração de ejeção <50%, sendo compostos dois grupos, sedentários (n=45) e não sedentários (n=36), de acordo com o Questionário Internacional de Atividade Física. Os grupos foram submetidos à avaliação clínica e de qualidade de vida, teste de caminhada de Cooper, ecocardiograma e comparação pelo teste Qui-Quadrado para variáveis categóricas ou teste T de Student ou Mann-Whitney para variáveis contínuas. Nível de significância de 5%. Resultados: Os grupos foram homogêneos em relação às características basais e etiologia. Os pacientes do Grupo Não Sedentário apresentaram menos sintomas limitantes (p<0,01), menor necessidade de digitálicos (p=0,02), melhor fração de encurtamento ventricular (p=0,03) e menor aumento do volume indexado do átrio esquerdo (p=0,004). Não foram encontradas diferenças no teste de caminhada entre os grupos. Houve maior prejuízo do quesito capacidade funcional da qualidade de vida do grupo Sedentário. Conclusão: Considerando a limitação da amostra, pacientes com insuficiência cardíaca e comportamento não sedentário apresentam maior tolerabilidade ao exercício por apresentarem sintomas menos limitantes, melhor função ventricular e melhor qualidade de vida no quesito capacidade funcional quando comparados a pacientes sedentários.

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