Brazilian Journal of Infectious Diseases (Oct 2024)

EP-113 - FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL SUFICIENTES PARA O USO - ATUAÇÃO DE ENFERMEIROS BRASILEIROS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

  • Milton Jorge de Carvalho Filho,
  • Paula Cassa Pedrassi,
  • Ana Cristina Oliveira Silva,
  • Mayra Gonçalves Menegueti,
  • Laelson Rochelle Milanês Sousa,
  • Renata Karina Reis,
  • Elucir Gir

Journal volume & issue
Vol. 28
p. 104037

Abstract

Read online

Introdução: A pandemia da COVID-19 mudou o funcionamento padrão das instituições de saúde em todo os países, causou danos à saúde física e mental de profissionais de saúde que aturam na linha de frente de combate à infecção. Enfermeiros estiveram expostos a riscos elevados de contrair o vírus e adoecimento mental em decorrência do contexto pandêmico e das dificuldades de acesso a recursos materiais suficientes e de qualidade, como equipamentos Proteção Individual (EPI). Objetivo: Analisar o fornecimento de equipamentos de proteção individual suficientes para o uso entre enfermeiros brasileiros que atuaram na assistência durante a pandemia de COVID-19. Método: Foi realizado um estudo transversal por meio de uma pesquisa on-line com 5.112 enfermeiros de todas as regiões do Brasil, que incluía capitais e cidades do interior do país. Os dados foram coletados por meio de uma adaptação do método de amostragem orientada por respondentes para o ambiente virtual. O fornecimento de equipamentos de proteção individual suficientes para o uso foi identificado por meio da variável: “A instituição que você trabalha forneceu EPI em quantidade suficiente para o uso em 2022? (SIM/NÃO)''. A associação estatística foi verificada por meio do Qui-Quadrado de Pearson. Resultados: Participaram do estudo 5.112 enfermeiros. 4.442 (86,9%) receberam EPI suficientes para o uso, 4.116 (83,2%) eram do sexo feminino, 2.400 (48,5%) tinham pele de cor branca. As seguintes variáveis tiveram associação estatisticamente significativa com o fornecimento de equipamentos de proteção individual suficientes para o uso: assistência a pacientes quilombolas (p = 0,05); trabalhar em instituições públicas de saúde (p < 0,001); trabalhar em instituições filantrópicas (p < 0,001) e prestar assistência em ambulatórios (p < 0,001). Conclusão: Conclui-se que o fornecimento de equipamentos de proteção individual suficientes para o uso entre enfermeiros brasileiros que atuaram na assistência durante a pandemia de COVID-19 foi associado ao tipo de instituição, assistência a pacientes quilombolas e prestar assistência em ambulatórios.