Medicina Veterinária (Apr 2021)
Efeitos da administração exógena de melatonina sobre o fígado da prole de ratas Wistar submetidas à corticoterapia durante a prenhez
Abstract
A dexametasona vem sendo amplamente utilizada em casos de gestação com risco de prematuridade. Entretanto, doses suprafisiológicas podem acarretar complicações e afetar a embriogênese. A melatonina, por sua vez, apresenta efeitos antagônicos aos glicocorticoides. Assim, avaliou-se a ação da dexametasona administrada durante o período gestacional, e a influência da melatonina sobre os efeitos decorrentes da corticoterapia. Foram utilizadas 20 ratas, divididas em 4 grupos: I - ratas prenhes que receberam solução placebo; II - ratas prenhes que receberam dexametasona (0,8mg/kg); III - ratas prenhes tratadas com melatonina (0,5mg/kg) e IV - ratas prenhes que receberam dexametasona e foram tratadas com melatonina. As amostras foram obtidas da prole com 10, 15 e 20 dias de vida pós-natal. Os resultados mostraram que a dexametasona, administrada a partir do 10º dia do período gestacional, promoveu uma maior taxa de mortalidade, redução acentuada no ganho de peso desses animais, bem como alterações hepáticas histopatológicas e morfométricas, como esteatose, necrose, vacuolização celular, além de diminuição nos grânulos de glicogênio, carboidratos totais e aumento das fibras colágenas teciduais. Entretanto, os animais do grupo IV, apresentaram alterações mais atenuadas, com parâmetros semelhantes aos animais do grupo controle. Assim, conclui-se que a administração da melatonina exógena pode proteger o fígado dos animais ou atenuar alguns efeitos decorrentes da corticoterapia.