Fólio (Feb 2021)

A HORA DA ESCRITA: CLARICE LISPECTOR, LINGUAGEM E METAFICÇÃO

  • Raimunda Maria Santos,
  • Joelma de Araújo Silva Resende,
  • Sebastião Alves Teixeira Lopes

DOI
https://doi.org/10.22481/folio.v12i2.7425
Journal volume & issue
Vol. 12, no. 2

Abstract

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O objetivo do presente artigo é examinar a narrativa A hora da estrela, observando o fazer literário de Clarice Lispector. A autora transforma a linguagem em elemento estético, apostando no intimismo e na reflexão constante sobre os limites e falibilidade da palavra, sobre a impossibilidade de dizer. Para ressaltar a força estética da linguagem de Clarice, recorre-se, dentre outros, aos conceitos de (auto)ficção e metaficção. Trata-se de uma prática narratológica que transforma a própria existência e labor em matéria literária, demonstrando a angústia de viver e escrever, ao passo que, metaficcionalmente, coloca a linguagem em escrutinação. Em forma de conclusão, apontamos como a autora continua a desafiar e seduzir uma legião de leitores por, de forma metaficcional narcisista, apostar na complexidade da linguagem.

Keywords