Via@ ()
Os Olivais da Andaluzia: Análise das dinâmicas patrimoniais, identitárias (habitantes) e turísticas no processo de inscrição na lista da UNESCO
Abstract
Em Espanha, os olivais estão espalhados por quase todo o país, embora a maior concentração de olivais se encontre na Andaluzia. Cultivada desde tempos remotos, a olivicultura é hoje um sector económico altamente estratégico para esta região do sul da Península Ibérica. Este país defende uma candidatura à UNESCO cuja área de inscrição se estende, em parte, por um território denominado "el mar de olivos", formando uma paisagem de 70 milhões de oliveiras, o que faz dela a maior plantação de árvores da Europa. O desenvolvimento contemporâneo desta monocultura teve um impacto considerável nos modos de vida, na indústria local e no património cultural de várias cidades históricas andaluzas e estâncias turísticas (Granada, Córdova, Jaén), moldando a identidade cultural e social da região. Atualmente, o olival andaluz ultrapassou largamente a sua definição agrícola tradicional. De facto, este património imaterial e a sua preservação (saber-fazer e paisagem) desempenharam um papel crucial no reconhecimento, em termos de identidade e memória, reivindicado pelos habitantes durante o processo de registo. Este artigo analisa a dinâmica patrimonial desta paisagem olivícola para a UNESCO, bem como a participação dos habitantes locais durante o processo de inscrição e as alternativas turísticas (rotas) à margem das grandes cidades andaluzas classificadas como património mundial (Córdoba, Granada, Sevilha), com base nos documentos utilizados para a inscrição da candidatura na UNESCO.
Keywords
