Sur le Journalisme (Apr 2013)
Des journalistes enfin libérés de leurs sources ? Promesse et réalité du "journalisme de données "
Abstract
Depuis plusieurs années, le traitement de données apparaît à certains journalistes comme une façon de réduire leur dépendance aux sources. En élaborant des bases de données et des algorithmes au sein des rédactions, ils seraient moins tributaires des tuyaux et des interprétations que leur fournissent régulièrement leurs sources, notamment institutionnelles. S’inspirant de la sociologie pragmatique et de la théorie de l’acteur-réseau, cet article montre que les technologies de traitement de données sont actuellement mobilisées afin de permettre aux journalistes de reprendre l’initiative face aux sources. À partir d’une enquête de terrain menée à Chicago en 2010, nous examinons d’abord le contenu de cette promesse apparue au croisement des mondes journalistiques et informatiques. Puis, en étudiant le cas de l’information criminelle à Chicago, nous montrons que cette promesse n’est qu’en partie satisfaite dans les réalisations actuelles. Over the past few years, some journalists have expressed that data processing is a way of reducing their dependence to sources. Elaborating databases and algorithms in the newsrooms is considered to reduce journalists’ need for tips and interpretations from sources, including those institutional. By drawing from pragmatic sociology and the network-actor theory, this article shows that data-processing technologies are currently mobilized to encourage journalists to reinitiate their relation to sources. Based on a study that took place in Chicago in 2010, first we examine the content of the promise that appeared at the intersection of the journalistic and computer science worlds. Then, by analysing criminal news in Chicago, we show that currently, the promise is only partly fulfilled. Há vários anos que alguns jornalistas acreditam que o processamento de dados pode ser uma forma de reduzir sua dependência em relação às fontes de informação. Ao desenvolverem bases de dados e algoritmos no interior das redações, eles seriam menos dependentes das dicas e interpretações fornecidas regularmente pelas fontes, sobretudo as institucionais. Tendo como inspiração a sociologia pragmática e a teoria do ator-rede, este artigo mostra como as tecnologias de tratamento de dados são atualmente mobilizadas para permitir que os jornalistas possam assumir novamente a iniciativa frente às fontes. A partir de uma pesquisa de campo realizada em Chicago, em 2000, examinamos, em um primeiro momento, o conteúdo dessa promessa, advinda do cruzamento dos mundos do jornalismo e da informática. Em seguida, por meio de um estudo de caso sobre a informação criminal em Chicago, nós mostramos que essa promessa não foi totalmente cumprida.