Transportes (Nov 2024)
Eficiência dos terminais de carga aeroportuários brasileiros considerando o comércio eletrônico e variáveis exógenas
Abstract
O estudo avalia a eficiência operacional dos terminais logísticos de carga aérea (TECA) em aeroportos brasileiros, considerando a influência do e-commerce e de variáveis exógenas. A partir de 2011, o Brasil iniciou a concessão de aeroportos a gestores privados para melhorar a infraestrutura e eficiência, mas há poucas evidências de melhorias pós-concessão. O método utilizado é a Análise de Envoltória de Dados (DEA), em dois cenários: um considerando todo o manuseio de carga e outro apenas o e-commerce. A análise temporal investigou a relação entre eficiência e fatores como PIB industrial, taxa de câmbio, tamanho da população, pandemia de COVID-19 e concessão de aeroportos. Os resultados indicam que as concessões não necessariamente melhoram a eficiência média dos aeroportos. Apenas alguns aeroportos apresentaram melhorias na eficiência após a concessão e antes da pandemia. A eficiência de todos os TECAs foi afetada durante a pandemia devido à redução da rede aérea. A regressão Tobit mostrou que o PIB e a concessão têm um efeito positivo na eficiência, enquanto a pandemia tem um impacto negativo. Assim, conclui-se que, embora algumas concessões e investimentos em infraestrutura tenham levado a melhorias na eficiência dos terminais, muitos aeroportos ainda enfrentam desafios, especialmente em meio à pandemia de COVID-19. A expansão do e-commerce apresenta desafios únicos para os TECAs, exigindo medidas específicas para otimizar a eficiência operacional, destacando a importância de considerar fatores internos e externos na avaliação da eficiência dos TECAs no Brasil.
Keywords