RevSALUS (Jan 2024)

Insuficiência cardíaca está associada à fraqueza muscular inspiratória em pacientes com cardiopatia chagásica crônica

  • Clara Pinto Diniz,
  • Mauro Felippe Felix Mediano,
  • Fernanda de Souza Nogueira Sardinha Mendes,
  • Luiz Fernando Rodrigues Junior,
  • Roberto Magalhães Saraiva,
  • Henrique Horta Veloso,
  • Andréa Rodrigues da Costa,
  • Alejandro Marcel Hasslocher-Moreno,
  • Audrey Borghi-Silva,
  • Andréa Silvestre de Sousa,
  • Flávia Mazzoli-Rocha

DOI
https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.769
Journal volume & issue
Vol. 5, no. Supii

Abstract

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Introdução: A força muscular inspiratória (FMI) parece estar reduzida em indivíduos com cardiopatia chagásica crônica (CCC), principalmente na fase tardia com evolução para insuficiência cardíaca (IC) (Costa et al., 2017), podendo a musculatura esquelética também estar acometida pela Doença de Chagas (Marreli et al., 2020). No entanto, até o momento, apenas um estudo sobre FMI e resistência muscular inspiratória (RMI), incluindo indivíduos CCC com e sem IC está disponível (Baião et al., 2013). Objetivo: Comparar FMI e RMI em indivíduos com CCC, na presença e ausência de IC. Material e Métodos: Trata-se de estudo transversal, incluindo 30 pacientes adultos com CCC, ambos os sexos, acompanhados regularmente em um ambulatório de referência para doenças infecciosas. Os participantes foram divididos nos grupos CCC-CC (fase inicial da CCC, sem IC; n=15) e grupo CCC-IC (fase avançada da CCC, com IC; n=15). Avaliamos a FMI pela pressão inspiratória máxima, a RMI pelos testes incremental e de carga constante, e a força muscular periférica (FMP) pela dinamometria manual. Pressão inspiratória máxima e FMP < 70% e relação entre pressão inspiratória máxima e o valor do teste incremental < 75% dos valores preditos foram consideradas respectivamente como redução de FMI, FMP e RMI. Resultados: O grupo CCC-IC apresentou mediana da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (p<0,01) menor do que o grupo CCC-CC. A redução de FMI foi mais frequente no grupo CCC-IC do que no grupo CCC-CC (46,7% vs 13,5%; p=0,05) e ambos os grupos apresentaram altas frequências de RMI reduzida (93,3% CCC-CC vs 100,0% CCC-IC; p=0,95). Não foi observada redução de FMP, assim como não foi apresentada diferença significativa entre os grupos (22,4 CCC-CC vs 22,5 CCC-IC; p=0,71). A análise de regressão logística ajustada por idade usando IC como variável dependente mostrou que a IC aumentou a chance de redução daFMI em comparação com o grupo CCC-CC (OR=7,5; p=0,03). Conclusão: Este estudo sugere que, em pacientes com CCC, a IC está associada à redução da FMI, e que a redução da RMI já está presente na fase inicial, de forma semelhante à fase avançada com IC.

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