FronteiraZ (Dec 2020)

Nadja: um diálogo entre a psicanálise e o surrealismo

  • Ramaiana Freire Cardinali,
  • Christian Ingo Lenz Dunker

DOI
https://doi.org/10.23925/1983-4373.2020i25p14-28
Journal volume & issue
no. 25

Abstract

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Este artigo traz uma leitura interdisciplinar de Nadja, romance escrito por André Breton em 1928, a partir das concepções de realidade propostas pelos surrealistas e pela psicanálise. No surrealismo, através da critica ao realismo, surge o conceito de surreal, com o qual artistas passaram a se exprimir em produções artísticas e em uma conduta particular de vida no pós-guerra. Na psicanálise, Freud foi levado a superar a dicotomia entre interno/externo, assim como entre normal/patológico, implicando, com isso, uma nova concepção de realidade, que posteriormente foi reformulada por Lacan sob o conceito de real. Esta leitura traz como decorrência a denúncia ao conformismo e a superação das falsas dicotomias, ensejando, tanto com a psicanálise quanto com o surrealismo, uma transformação na práxis do sujeito.

Keywords