Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (Nov 2011)

Perfil de prescrição antibiótica no tratamento das infecções das vias aéreas superiores

  • Ana Bessa Monteiro,
  • Ana Dulce Castanheira,
  • Miriam Castro,
  • Nuno Capela

DOI
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v27i6.10898
Journal volume & issue
Vol. 27, no. 6

Abstract

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Objectivos: Determinar a proporção de infecções das vias aéreas superiores (IVAS) tratadas com antibiótico numa Unidade de Saúde Familiar (USF); verificar quais os antibióticos mais prescritos nas IVAS; avaliar se existe relação entre a prescrição de antibióticos e a idade e o sexo do doente; avaliar se existe relação entre o antibiótico prescrito e a idade do doente. Tipo de estudo: observacional, analítico e transversal. Local: Unidade de Saúde Familiar (USF) Serpa Pinto, no Porto. População: Utentes inscritos na USF com pelo menos um contacto médico codificado como IVAS. Métodos: Recolheu-se a informação a partir dos sistemas MedicineOne® e SAM® e incluíram-se as consultas classificadas, segundo a International Classification of Primary Care-2, como: R21; R72; R74; R75; R76. Resultados: Das 299 consultas estudadas, 61,2% foram realizadas a mulheres. A média de idades foi de 26,4 anos (± 22,3). Os diagnósticos mais frequentes foram R76 (48,1%) e R74 (38,7%). Foi prescrito antibiótico em 68,2% das consultas, sendo a classe das penicilinas a mais prescrita (90,6%). Não existiu relação entre a prescrição de antibióticos e o sexo ou a idade do doente. Verificou-se uma diferença estatisticamente significativa entre a idade e a classe de antibiótico prescrita: penicilinas (25,1 anos ± 22,1) vs restantes classes (39,7 anos ± 20,1) (p < 0,001). Conclusões: A classe dos beta-lactâmicos foi a mais usada para o tratamento de IVAS, com uma maior proporção de penicilinas prescritas, em relação a outros estudos. Por outro lado, verificou-se existir relação entre a idade e a classe terapêutica de antiótico prescrita.

Keywords