Revista Brasileira de Estudos de População (Jul 2020)

Expectativa de vida com e sem multimorbidade entre idosos brasileiros: Pesquisa Nacional de Saúde 2013

  • Raphael Mendonça Guimarães,
  • Flavia Cristina Drumond Andrade

DOI
https://doi.org/10.20947/s0102-3098a0117
Journal volume & issue
Vol. 37

Abstract

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Resumo O objetivo do presente estudo é analisar diferenças na expectativa de vida com e sem multimorbidade (duas ou mais condições crônicas) entre idosos nos estados brasileiros, segundo sexo e idade. Foram utilizados os dados de mortalidade do Sistema de Informações sobre Mortalidade e projeções populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para elaborar tábuas de vida para os estados, por sexo. Informação sobre a prevalência de multimorbidade foi obtida a partir da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013. A partir do método de Sullivan, estimaram-se a expectativa de vida com e sem multimorbidade e a proporção de anos vividos com multimorbidade. A amostra de idosos da PNS possuía um total de 11.697 entrevistados, cuja idade média foi de 70,08 anos (DP 0,09 ano). A proporção de anos a serem vividos com multimorbidade aumenta com a idade (53,6% aos 60 anos e 57,3% aos 75 anos). Mulheres possuem expectativa de vida maior do que os homens, mas convivem mais com multimorbidade. Aos 60 anos, as mulheres brasileiras esperam viver, em média, 13,5 anos com multimorbidade e os homens 8,3 anos. Constatou-se grande diferença na expectativa de vida com multimorbidade quando comparadas as unidades da federação, com amplitude de 8,2 a 14,2 anos (aos 60 anos de idade). É importante considerar estas diferenças na priorização de ações e grupos para intervenção em saúde pública.

Keywords