Brazilian Journal of Infectious Diseases (Oct 2024)

EP-455 - PERFIL DE SENSIBILIDADE E. COLI ISOLADOS DE UROCULTURAS DE CRIANÇAS MENORES DE 12 ANOS NO PERÍODO DE 2016 A 2019 NO SEGUNDO MAIOR MUNICÍPIO DO PARANÁ

  • Pedro Henrique Benvenho Romagnoli,
  • Henrique Dallabona Kauka,
  • Evelyn Poliana Candido,
  • Ronaldo Silveira de Paiva,
  • Eliana Carolina Vespero,
  • Zuleica Naomi Tano

Journal volume & issue
Vol. 28
p. 104351

Abstract

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Introdução: A Escherichia coli é uma bactéria gram negativa, presente no trato digestivo, todavia podem provocar infecções no trato urinário (ITU), enterites, septicemia e meningite neonatal. A ITU é uma das infecções mais frequentes em pediatria, E. coli ocorre entre 75 a 95% dos casos; é uma bactéria que infecta animais, como aves e bovinos, levando a resistência bacteriana pelo uso inadequado, muitas vezes como fator de crescimento na avicultura. Objetivo: Analisar perfil sensibilidade aos antimicrobianos de uroculturas positivas para E. coli isoladas de crianças com idade. Método: Foi realizado um levantamento das uroculturas de crianças atendidas nas Unidades de Pronto Atendimento na cidade de Londrina/Pr no período de 2016 a 2019. Os resultados foram compilados em um banco de dados Excel e posteriormente analisadas. Utilizou-se como critérios de exclusão pacientes com dados duplicados. Resultados: O número de pacientes foi de 1544, dos quais 156 foram excluídos por terem o prontuário duplicado, restando um total de 1388 uroculturas.: Desse total, 81.2% são do sexo feminino e 18.8% do sexo masculino. Em relação a idade 64.8% apresentavam 0 a 5 anos, 29.8% 6 a 10 anos e 5.4% 11 a 15 anos (Me: 4.45 anos, x¯: 4.00 anos e σ: 3.15 anos). Além disso, 15.9% tiveram que voltar ao serviço de saúde. Cerca de 10.8% dos casos concentram-se nas UBS Santiago e na Armindo Guazzi, entre outras 29 UBS. Em relação ao perfil de sensibilidade a Ampicilina apresentou maior índice de resistência 51.9% dos casos, seguida por Cotrimoxazol 29.2%, depois pela Cefalotina 23.9% e, por fim, o Ácido Nalidíxico que apresentou uma resistência de 17.9%. Apenas 3.9% das cepas são ESBL. Os demais antibióticos da classe dos betalactamicos, cefalosporina, carbapenêmicos, aminoglicosídeos, fluoroquinolonas e nitrofurantoínas apresentaram uma sensibilidade maior de 93%. Conclusão: Na população estudada, a presença de bactérias ESBL é baixa, sendo os betalactâmicos como a cefuroxima-axetil uma alternativa para o tratamento via oral. Como esperado, o cotrimoxazol e a cefalotina possuem baixa sensibilidade, não sendo escolhas no tratamento empírico das ITUs na faixa etária estudada. A importância de se conhecer o perfil de sensibilidade aos antimicrobianos para o tratamento das ITUs, leva a menor índice de recidivas, gastos, internações disseminação de bactérias multirresistentes e o uso indiscriminado de antimicrobianos.