Revista Portuguesa de Pneumologia (Apr 2010)

Bronchopulmonary dysplasia: Clinical practices in five Portuguese neonatal intensive care units Displasia broncopulmonar: Práticas clínicas em cinco unidades de cuidados intensivos neonatais

  • H Guimarães,
  • G Rocha,
  • G Vasconcellos,
  • E Proença,
  • ML Carreira,
  • MR Sossai,
  • B Morais,
  • I Martins,
  • T Rodrigues,
  • M Severo

Journal volume & issue
Vol. 16, no. 2
pp. 273 – 286

Abstract

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With the advent of surfactant, prenatal corticosteroids (PNC) and advances in technology, the survival rate of extremely low birth weight (ELBW) infants has improved dramatically. Rates of bronchopulmonary dysplasia (BPD) vary widely among neonatal intensive care units (NICUs) and many studies using multiple interventions have shown some improvement in BPD rates. Implementing potentially better practices to reduce BPD has been an effort made over the last few decades. Aim: To compare five Portuguese NICUs in terms of clinical practices in very low birth weight (VLBW) infants, in order to developbetter practices to prevent BPD. Patients and methods: 256 preterm neonates, gestational age (GA) Com o advento do surfactante, dos corticosteróides prénatais e dos avanços na tecnologia, a sobrevida dos recém-nascidos de extremo baixo peso tem melhorado dramaticamente. As taxas de displasia broncopulmonar (DBP) variam amplamente entre unidades, e vários estudos, avaliando resultados de múltiplas intervenções, têm mostrado alguma melhoria na prevalência da DBP. A implementação de potenciais boas práticas na DBP tem sido adoptada por muitos serviços nas últimas décadas. Objectivo: Comparar cinco unidades portuguesas de cuidados intensivos neonatais no que se refere as práticas clínicas no tratamento dos recém-nascidos de muito baixo peso, para desenvolver e melhorar as boas práticas na prevenção da DBP. População e métodos: Foram estudados 256 recém-nascidos com a idade gestacional inferior a 30 semanas e/ou peso ao nascer inferior a 1250 g, admitidos nas cinco unidades portuguesas (centros 1 a 5) entre 1 de Janeiro de 2004 e 31 de Dezembro de 2006. Foram excluídos os recém-nascidos com malformações major, hemorragia intraventricular grau IV na primeira semana de vida e com doença metabólica ou neuromuscular. Definimos DBP como a dependência do oxigénio às 36 semanas de idade pós-concepcional. A ecessidade de melhorar determinada prática foi considerada significativa sempre que se verificava uma melhoria superior a 10% na prevalência da DBP ajustada para a prática, idade gestacional e peso ao nascer, comparada com a prevalência ajustada só para a idade gestacional e peso ao nascer. Resultados: A prevalência global da DBP foi de 12,9%. Os resultados mostram que o uso de corticosteróides pré-natais deve ser melhorado nos centros 2, 4 e 5; a política de fluidos deve ser melhorada no centro 5; o uso de oxigénio deve ser melhorado nos centros 1 e 3; a prevenção da sépsis deve ser melhorada nos centros 1 e 2. O tratamento do canal arterial patente deve ser melhorado no centro 2. Conclusão: Neste estudo, a implementação de boas práticas para reduzir a lesão pulmonar nos recém-nascidos, de acordo com cada unidade, deve ser dirigida ao aumento da prescrição de corticosteróides pré-natais, ao uso de menor FiO2, ao uso criterioso de líquidos na primeiras semanas de vida, à prevenção do canal arterial patente e da sépsis. Guidelines, recomendações ou protocolos são necessários na melhoria da qualidade na prevenção da DBP.

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