Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia (Oct 2002)

Influência do hipogonadismo na histomorfometria e função tireoidiana de ratas hipotireóideas

  • R. Serakides,
  • V.A. Nunes,
  • C.M. Silva,
  • A.F.C. Ribeiro,
  • G.V. Serra,
  • M.G. Gomes,
  • N.M. Ocarino

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-09352002000500004
Journal volume & issue
Vol. 54, no. 5
pp. 473 – 477

Abstract

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Foram investigadas a morfologia e a função tireoidiana de ratas Wistar, adultas, castradas e não castradas e mantidas em estado hipotireóideo pela administração diária de propiltiouracil por 120 dias. Ratas eutireóideas castradas e não castradas serviram de controle. As tireóides, colhidas ao final do experimento, foram pesadas, processadas histologicamente e submetidas à análise morfométrica, pela qual foi determinada a proporção dos componentes glandulares (epitélio folicular, colóide e estroma). No plasma sangüíneo, colhido também ao final do período experimental, foram determinadas as concentrações de T3 total, T4 livre e TSH. O peso e a histomorfometria da tireóide não sofreu influência da castração e o aumento do componente epitelial e decréscimo da quantidade de colóide só foram detectados no hipotireoidismo. No estado eutireóideo a deficiência dos esteróides sexuais levou ao aumento dos valores de T4 livre e T3 total e no hipotireoidismo, exacerbou a queda de T3 total, mas não a de T4 livre. Os valores de TSH não se alteraram em nenhum dos estados funcionais da glândula ou das gônadas. Conclui-se que o hipogonadismo não modifica a hiperplasia glandular e a queda dos níveis plasmáticos de tiroxina livre induzidos pelo propiltiouracil, mas altera profundamente o comportamento da triiodotironina total de acordo com o estado funcional da tireóide, tudo sem alterar os valores plasmáticos de TSH.

Keywords