Revista de Odontologia da UNESP (Sep 2020)

Associação entre condições sistêmicas e gravidade da doença periodontal em pacientes atendidos na Clínica-Escola da UFCG

  • Katryne Targino RODRIGUES,
  • Luanna Abílio Diniz Melquíades de MEDEIROS,
  • João Nilton Lopes de SOUSA,
  • Gêisa Aiane de Morais SAMPAIO,
  • Rachel de Queiroz Ferreira RODRIGUES

DOI
https://doi.org/10.1590/1807-2577.02520
Journal volume & issue
Vol. 49

Abstract

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Resumo Introdução A doença periodontal é uma doença inflamatória crônica dos tecidos de proteção e suporte dos dentes. As doenças ou alterações de ordem sistêmica, como diabetes, alterações cardiovasculares e pulmonares, distúrbios hormonais e outras, não iniciam a doença periodontal, mas podem acelerar uma doença preexistente, aumentando sua progressão e destruição tecidual. Objetivo O presente estudo teve como objetivo avaliar, por meio de prontuários clínicos, uma possível associação entre as condições sistêmicas e a gravidade da doença periodontal em pacientes atendidos na Clínica-Escola de Odontologia da Universidade Federal de Campina Grande, campus CSTR (UFCG-CSTR). Material e método Para o estudo, foram avaliados 1.035 prontuários clínicos dos pacientes que procuraram atendimento na Clínica-Escola de Odontologia da UFCG-CSTR durante os anos de 2012 a 2017. Resultado A população estudada apresentou prevalência do sexo masculino (50,9%) e diagnóstico de doença gengival (63,6%) e periodontal (35,8%). As condições sistêmicas mais prevalentes foram hipertensão (15%), diabetes (7,5%) e cardiopatias (5,8%). Além disso, 20,2% relataram ser fumantes ou ex-fumantes, enquanto o uso de medicação foi observado em 28,3% dos casos. Foi verificada associação estatisticamente significativa entre doença periodontal, sexo masculino, faixa etária mais avançada, hipertensão arterial, tabagismo ou histórico de tabagismo e diabetes. Conclusão Foi observada uma quantidade de dentes igual ou menor do que 10 com maior frequência entre os pacientes com idade igual ou superior a 60 anos, hipertensos, diabéticos, cardiopatas e fumantes ou ex-fumantes, sugerindo, desse modo, uma maior gravidade da doença periodontal nesses indivíduos.

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