Cadernos de Tradução (Apr 2010)
Manoel de Barros em terras estrangeiras: o livro das ignorãças, “uma didática da invenção”, Poema XII.
Abstract
Este artigo tem por objetivo relacionar as obras de Manoel de Barros traduzidas para o espanhol, o francês e o inglês, assim como apresentar o Poema XII, de “Uma Didática da Invenção”, parte de O Livro das Ignorãças, e sua tradução para essas línguas. Breve análise acompanha o poema e suas traduções, que dão mostras do estilo ímpar do poeta matogrossense, cujo universo poético é formado por coisas banais retiradas do cotidiano do Pantanal. Como fundamentação teórica, são trazidos os conceitos de patronagem, de André Lefevere, e de significância, agramaticalidade, leitura mimética e leitura semiótica, empregados por Michael Riffaterre e retomados por Mário Laranjeira. O exame da distribuição espacial da massa gráfica do poema, chamada de visilegibilidade por Laranjeira, inicia a análise, em que são mencionadas também as modalidades tradutórias de Francis Aubert.
Keywords