Arquivos de Neuro-Psiquiatria (Sep 2003)

Depressão na esclerose multipla forma remitente-recorrente

  • Maria Fernanda Mendes,
  • Charles Peter Tilbery,
  • Silvia Balsimelli,
  • Marcos Aurélio Moreira,
  • Ana Maria Barão-Cruz

DOI
https://doi.org/10.1590/S0004-282X2003000400012
Journal volume & issue
Vol. 61, no. 3A
pp. 591 – 595

Abstract

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A possibilidade de correlação entre depressão e esclerose múltipla (EM) é conhecida há muitos anos, porém os estudos de prevalência não são conclusivos. No nosso meio a prevalência deste sintoma na EM permanece desconhecida. O objetivo deste estudo é verificar a prevalência da depressão em pacientes com EM, estudando a sua correlação com a incapacidade funcional, o sexo, a idade e o tempo de doença. Foram avaliados 84 pacientes com EM remitente-recorrente (EMRR). A depressão foi avaliada através da Escala de Beck e da Escala para Ansiedade e Depressão (HAD), e a incapacidade funcional pela Escala de Incapacidade Funcional Expandida (EDSS). A depressão estava presente em 17,9% e a ansiedade em 34,5% dos pacientes com EMRR. Os maiores escores das escalas de depressão correlacionaram-se com maior incapacidade funcional (p=0,0002), porém não estão associados ao tempo de doença, ao sexo ou a idade dos pacientes. Nossos dados indicam que a depressão é frequente nos pacientes com EM e sugerem haver correlação entre a depressão e a incapacidade funcional.

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