Revista Portuguesa de Cardiologia (Nov 2022)
Antiplatelet therapy at discharge and long-term prognosis in Takotsubo syndrome: Insights from the Spanish National Registry (RETAKO)
Abstract
Introduction: Endothelial dysfunction and platelet activation have been highlighted as possible mediators in Takotsubo syndrome (TTS). Nevertheless, to date, evidence on the usefulness of antiplatelet therapy in TTS remains controversial. The aim of our study is to evaluate long-term prognosis in TTS patients treated with antiplatelet therapy (APT) at hospitalization discharge. Material and methods: An ambispective cohort study from the Spanish National Takotsubo Registry database was performed (June 2002 to March 2017). Patients were divided into two groups: those who received APT at hospital discharge (APT cohort) and those who did not (non-APT cohort). Primary endpoint was all-cause death. Secondary endpoints included the composite of recurrence or readmission and a composite of death, recurrence or readmission. Results: From a total of 741 patients, 728 patients were alive at discharge. Follow-up was performed in 544 patients, who were included in the final analysis: 321 patients (59.0%) in the APT cohort and 223 patients (41.0%) in the non-APT cohort. The APT cohort had a better clinical presentation and received more heart failure and acute coronary syndrome-like therapies (angiotensin converting enzyme inhibitors/angiotensin receptor blockers: 75.1% vs. 51.1%; p<0.001, betablockers: 71.3% vs. 50.7%; p<0.001, statins: 67.9% vs. 33.2%; p<0.001). After adjusting for confounder factors, APT at discharge was a protective factor for all-cause death (adjusted hazard ratio (HR) 0.315, 95% confidence interval (CI): 0.106-0.943; p=0.039) and the composite endpoint of all-cause death, recurrence or readmission (adjusted HR 0.318, 95% CI: 0.164-0.619; p=0.001) at month 25 of follow-up. Conclusion: Patients with TTS receiving APT at discharge presented better prognosis up to two-years of follow-up compared with their counterparts not receiving APT. Resumo: Introdução: A disfunção endotelial e a ativação plaquetária são possíveis mediadores na síndrome de Takotsubo (STT). Até ao momento, a utilidade da terapia antiplaquetária no STT é controversa. O nosso objetivo é avaliar o prognóstico a longo prazo em pacientes com STT tratados com tratamento antiplaquetário (TAP) na alta da internação. Material e métodos: Foi realizado um estudo de coorte ambidirecional do banco de dados do Registro Nacional de Takotsubo da Espanha (junho-2002 a março-2017). Os pacientes foram divididos em aqueles que receberam TAP na alta hospitalar (cohorte-TAP) e aqueles que não receberam (cohorte não-TAP). O endpoint primário foi a morte global. Os endpoints secundários incluíram um composto de recorrência ou readmissão e um composto de morte, recorrência ou readmissão. Resultados: De 741 pacientes, 728 estavam vivos na alta. O acompanhamento foi realizado em 544 pacientes, que foram incluídos na análise final: 321 (59,0%) na cohorte-TAP e 223 (41%) na cohorte não TAP. A cohorte TAP mostrou melhor apresentação clínica e recebeu mais tratamentos de insuficiência cardíaca e (IECA/ARB: 75,1% versus 51,1%; p<0,001, betabloqueadores: 71,3% versus. 50,7%; p<0,001, estatinas: 67,9% versus 33,2%; p<0,001). Após o ajuste para fatores de confundimento, o TAP na alta foi um fator de proteção para a morte global (HR ajustado 0,315, IC95%: 0,106-0,943; p=0,039) e o composto de morte global, recorrência ou readmissão (HR ajustado 0,318, IC95%: 0,164-0, 619; p=0,001) até aos 25 meses. Conclusão: Pacientes com STT recebendo TAP na alta apresentaram melhor prognóstico até aos dois anos de acompanhamento em comparação com seus homólogos que não receberam TAP.