Revista de Geografia (Recife) (Nov 2024)

Marcadores geoquímicos na distinção estratigráfica e suas aplicações em geomorfologia

  • Daniel Rodrigues de Lira,
  • Antonio Carlos de Barros Corrêa,
  • José Danilo da Conceição Santos,
  • Drielly Naamaa Fonseca

DOI
https://doi.org/10.51359/2238-6211.2024.264826
Journal volume & issue
Vol. 41, no. 4

Abstract

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A geoquímica focada na paisagem surgiu na Rússia na metade do século XX, visando entender a dinâmica das formações superficiais por meio da análise de elementos químicos. Esses elementos, afetados por intemperismo, oferecem insights sobre a evolução da paisagem. A pesquisa consistiu em uma revisão bibliográfica de teses e artigos, abordando a geoquímica das formações superficiais, a assinatura geoquímica de materiais transportados e a utilização de índices geoquímicos para identificar proveniência e grau de intemperismo. As formações superficiais, são produtos do intemperismo e suas reações químicas variam conforme as condições ambientais e a composição mineralógica. A mobilidade dos elementos durante o intemperismo é influenciada pela lixiviação, com elementos maiores sendo mais móveis que os traços. Cada paisagem apresenta uma assinatura geoquímica específica, refletindo a mineralogia local, os elementos marcadores se distribuem de forma a indicar o grau de intemperismo e a proveniência dos materiais. A análise de relações molares entre elementos permite caracterizar o intemperismo e o ambiente deposicional. Vários estudos demonstraram que mudanças nas relações de elementos como Ti/Zr indicam transporte de materiais e condições paleoambientais. A geoquímica se mostra fundamental para a geomorfologia do Quaternário, permitindo a identificação de processos de formação e transporte de materiais, além de fornecer informações sobre a proveniência, intemperismo e ambientes deposicionais, contribuindo para reconstituições paleoambientais no Brasil, especialmente no Nordeste.

Keywords