Revista Brasileira de Zootecnia (Aug 2006)

Níveis de lisina em rações para fêmeas suínas em lactação Lysine levels in diets for lactating sows

  • Christiane Garcia Vilela Nunes,
  • Rita Flavia Miranda de Oliveira,
  • Juarez Lopes Donzele,
  • Will Pereira de Oliveira,
  • Bruno Alexander Nunes Silva,
  • Marvio Lobão Teixeira de Abreu

DOI
https://doi.org/10.1590/S1516-35982006000600023
Journal volume & issue
Vol. 35, no. 4
pp. 1744 – 1751

Abstract

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Foram utilizadas 65 porcas (Large White x Landrace) com 217,36 ± 21,35 kg para avaliação de diferentes níveis de lisina total (0,950; 1,025; 1,100; 1,175 e 1,250%) na ração para a fase de 21 dias de lactação. Utilizou-se o delineamento experimental de blocos ao acaso, com cinco tratamentos e 13 repetições, sendo a porca considerada a unidade experimental. O consumo total de ração diário foi fixado entre os tratamentos. Os níveis de lisina da ração não influenciaram o peso das matrizes ao desmame, a perda de peso, a espessura de toucinho (ET) das matrizes, a variação na ET, a perda de gordura corporal, o número de leitões desmamados por leitegada e o intervalo desmama-estro. No entanto, foi verificada redução linear na perda de proteína corporal, em kg e em porcentagem, e na produção de leite diária das matrizes suínas com o aumento do nível de lisina na ração. O ganho de peso da leitegada foi influenciado, reduzindo de forma linear com os tratamentos. Os resultados obtidos neste estudo evidenciaram que, ao consumir menores quantidades de lisina, as matrizes mobilizaram suas reservas corporais protéicas para manutenção do desempenho produtivo. Entretanto, a quantidade de proteína mobilizada por estes animais (2,2 kg, correspondente a 6,45% da proteína corporal) não foi suficiente para influenciar os parâmetros produtivos e reprodutivos. O consumo diário de 45 g de lisina total, correspondente a 40 g de lisina digestível, atende às exigências para os desempenhos produtivo e reprodutivo de fêmeas suínas em lactação, enquanto o consumo estimado de 58,9 g de lisina total/dia, correspondente a 53,5 g/dia de lisina digestível, minimiza a perda de proteína corporal durante a lactação.Sixty-five crossbred sows (Landrace x Large White) averaging 217.36 ± 21.35 kg were used to evaluate increasing dietary total lysine levels (0.950, 1.025, 1.100, 1.175, and 1.250%) during 21 days of lactation. The experiment was analyzed as a randomized block design, with five treatments, 13 replicates of one sow per experimental unit. The daily total feed intake was fixed for all treatments. The dietary lysine levels did not affect sow weight at weaning, body weight loss, backfat thickness (BT), BT change, body fat loss, number of weaned piglets per litter and weaning-to-estrus interval. However, there was a linear decrease on body protein loss expressed as kg and percentage and on daily milk production of sows, as the dietary lysine levels increased. The treatments affected litter weight gain, that decreased linearly. The results of this work showed that sows fed decreasing lysine levels retained significant amounts of body protein reserve to maintain their productive performance. However, the protein mobilization of these animals (2.2 kg corresponding to 6.45% of body protein loss) was not enough to affect the productive and reproductive performance. It was concluded that a daily total lysine intake of 45 g, correspondent of 40 g of digestible lysine meets the requirements for productive and reproductive performance of lactating sows and that they require 58.9 g of estimate total lysine/day, that corresponds to 53.5 g/day of digestible lysine to minimize body protein loss during the lactation.

Keywords