Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas (Nov 2024)

Aprender a (não) ser visto na Amazônia: encantados e gente-peixe nos rios Negro e Uaupés

  • Geraldo Andrello,
  • Luiz Augusto Sousa Nascimento

DOI
https://doi.org/10.1590/2178-2547-bgoeldi-2023-0109
Journal volume & issue
Vol. 19, no. 3

Abstract

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Resumo O artigo empreende uma aproximação etnográfica entre as figuras dos encantados das águas e da gente-peixe tal como enunciadas em histórias contadas pelos Baré e Tukano, respectivamente, dois grandes conjuntos de povos indígenas situados nos rios Negro e Uaupés. Exploramos relatos acerca das aparições e manifestações desses habitantes das águas nas comunidades humanas e de sua intensa participação na vida social desses povos, mapeando suas influências na formação das comunidades, nas relações de parentesco e na constituição da pessoa. A convergência entre os dois casos é patente, e seu tratamento integrado nos permitirá esboçar algumas singularidades que marcam a relação entre humanos e não humanos na região do noroeste amazônico.

Keywords