Revista Portuguesa de Cardiologia (Nov 2017)

Venous thromboembolism risk and prophylaxis in the Portuguese hospital care setting: The ARTE study

  • Daniel Ferreira,
  • Joaquim Abreu de Sousa,
  • Paulo Felicíssimo,
  • Ana França

Journal volume & issue
Vol. 36, no. 11
pp. 823 – 830

Abstract

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Introduction: Venous thromboembolism (VTE) is a relatively common complication during hospital stay and determination of VTE risk is critical to choosing the best prophylactic strategy for each patient. Objectives: In the present study we studied the risk profile for VTE in hospitalized patients in a group of hospitals in Portugal. Methods: Based on an open cohort of 4248 patients hospitalized in surgical, internal medicine, orthopedic or oncology departments, we determined thromboembolic risk at admission by applying a new score, modified from the Caprini and Khorana scores. Thrombotic, embolic and bleeding events and death were assessed during hospital stay and at three and six months after discharge. Results: The median duration of hospital stay was five days and thromboembolic prophylaxis was implemented in 67.2% (n=2747) of the patients. A low molecular weight heparin was used as prophylaxis in the majority of cases (88.3%). Most patients were classified as high (68%) or intermediate risk (27%). The overall incidence of thromboembolic events was 1.5%. Major bleeding events were recorded in 3.89% of patients and all-cause mortality was 3.4%. Conclusions: In this study, we propose a modified VTE risk score that effectively risk-stratifies a mixed inpatient population during hospital stay. The use of this score may result in improvement of thromboprophylaxis practices in hospitals. Resumo: Introdução: O tromboembolismo venoso (TEV) é uma complicação relativamente frequente, complica o internamento hospitalar, e a determinação do risco da ocorrência de TEV é essencial, de molde a permitir a escolha da melhor estratégia de profilaxia para cada doente. Objetivo: Estudar o perfil de risco para TEV em doentes hospitalizados, num grupo de hospitais de Portugal. Métodos: Neste estudo, com a inclusão duma coorte aberta de 4248 doentes internados nos departamentos de cirurgia, medicina interna, ortopedia ou oncologia, foi determinado na admissão o risco tromboembólico de cada doente, através dum novo score, modificado dos scores de Caprini e de Khorana. Os eventos trombóticos, embólicos e hemorrágicos e morte foram registados durante o internamento e aos três e seis meses após a alta. Resultados: A mediana do tempo de internamento foi de cinco dias e foi administrada terapêutica de profilaxia tromboembólica em 67,2% (n=2747) dos doentes, foi usada uma heparina de baixo peso molecular em 59,3% dos casos. A maior parte dos doentes foi classificada com um risco elevado (68%) ou intermédio (27%). A incidência global de eventos tromboembólicos foi de 1,5%. Foram registados eventos hemorrágicos maiores em 3,89% dos doentes e a mortalidade por todas as causas foi de 3,4%. Conclusões: Neste estudo, os autores propõem um novo score para avaliação do risco de TEV que estratificou de modo efetivo uma população mista de doentes durante o internamento hospitalar. O uso desse score poderá resultar numa melhoria da prática da tromboprofilaxia nos nossos hospitais. Keywords: Venous thromboembolic risk, Prophylaxis, Epidemiology, Palavras-chave: Risco tromboembólico venoso, Profilaxia, Epidemiologia