Revista Labor (Mar 2017)

FLEXIBILIZAÇÃO E INTENSIFICAÇÃO LABORAL: MANIFESTAÇÕES DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA O TRABALHADOR

  • Camila Alves Lima,
  • Edgla Maria Costa Barros,
  • Cássio Adriano Braz de Aquino

Journal volume & issue
Vol. 1, no. 7
pp. 102 – 125

Abstract

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Os termos flexibilização e intensificação laboral tem sido abordados, muitas vezes, como equivalentes à precarização. Percebemos esses conceitos como distintos e consideramos que a intensificação e a flexibilização se configuram como consequências de um processo generalizado de vulnerabilização das condições de trabalho, característico das últimas décadas. Partindo de tais pressupostos, o objetivo deste artigo é apresentar a flexibilização e a intensificação, marcas do atual cenário laboral, como manifestações do processo de precarização do trabalho. Para atingir esse propósito, teceremos considerações e reflexões históricas sobre o surgimento dos fenômenos em questão, sobretudo, a partir dos processos de reestruturação produtiva da década de 1970. Partiremos de um breve resgate histórico, que possibilite compreender o momento atual, e posteriormente traremos concepções antagônicas do termo flexibilização. Por fim, apresentaremos tal processo como uma oportunidade para intensificação do trabalho e os consequentes danos que acarreta ao trabalhador.