Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento (Jul 2021)

Diferenças regionais do consumo de frutas, verduras e hortaliças em adolescentes

  • Iza Cristina Vasconcelos Martins,
  • Carla Menêses Hardman,
  • Maria Laura Siqueira de Souza Andrade,
  • Ana Raquel Mendes dos Santos,
  • Ané­sio Luiz Silva Brito,
  • Fernanda Cunha Soares,
  • Mauro Virgílio Gomes de Barros

Journal volume & issue
Vol. 14, no. 88
pp. 906 – 913

Abstract

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Objetivo: Comparar a frequência de consumo de frutas e verduras/hortaliças em adolescentes de Pernambuco de diferentes regiões. Materiais e Métodos: Estudo transversal, com 6.264 estudantes do ensino médio de Pernambuco. Foi utilizado um questionário adaptado do Global School-based Student Health Survey. As variáveis dependentes foram consumo de frutas e/ou sucos naturais e de verduras/hortaliças nos últimos 30 dias. As regiões foram categorizadas em Metropolitana, Zona da Mata e Semiárido. Para análise multivariada, realizou-se uma regressão logí­stica ordinal múltipla, com modelo de odds proporcionais. Resultados: Dos adolescentes, 59,7% eram garotos e a maioria residia no Semiárido (45,9%). A proporção de adolescentes que consomem ≥ 3 vezes por dia frutas e/ou sucos naturais foi maior quando comparado à queles que relataram consumir 1 a 2 vezes por dia ou menos de uma vez por dia. No entanto, do consumo de menos de uma vez por dia de verduras/hortaliças foi maior em comparação aos adolescentes que consumiam três ou mais vezes por dia independente da região. Verificou-se que 29% dos adolescentes apresentaram uma conduta alimentar de risco. Os adolescentes residentes na região do semiárido tinham menos chance de apresentar menor frequência de consumo de frutas e/ou sucos naturais (OR:0,87; IC95% 0,77:0,97), e menor frequência de consumo de verduras/hortaliças (OR: 0,81; IC95% 0,73:0,90) em comparação àqueles residentes na região metropolitana. Conclusão: Verificou-se que a região geográfica foi associada à frequência de consumo de frutas/sucos naturais e verduras/hortaliças, observando-se indicadores mais positivos entre os adolescentes do semiárido em comparação aos residentes na região metropolitana.

Keywords