Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Jan 2009)
Prevalência do hiperaldosteronismo primário em uma liga de hipertensão arterial sistêmica Prevalencia del hiperaldosteronismo primario en una liga de hipertensión arterial sistémica Prevalence of primary hyperaldosteronism in a systemic arterial hypertension league
Abstract
FUNDAMENTO: Até recentemente, o hiperaldosteronismo primário era considerado uma causa rara de hipertensão secundária. Porém, ao longo dos últimos anos, muitos estudos têm sugerido que essa doença pode afetar até 20% dos hipertensos. OBJETIVO: Determinar a prevalência do hiperaldosteronismo primário em pacientes hipertensos em tratamento na liga de hipertensão de um hospital universitário. MÉTODOS: Foram realizadas dosagens de aldosterona sérica e atividade plasmática da renina em 105 pacientes, em vigência do tratamento anti-hipertensivo usual, excetuando-se aqueles em uso de beta-bloqueadores e espironolactona, em jejum e após repouso na posição deitada por 20 minutos. Aqueles com relação aldosterona/atividade plasmática da renina maior que 25 foram submetidos ao teste de supressão com sobrecarga salina endovenosa e, após a confirmação da autonomia da secreção de aldosterona, foi realizada tomografia computadorizada das adrenais. Os resultados são apresentados como porcentagens, médias e desvios-padrão. RESULTADOS: Dos 105 pacientes, 6,54% eram hipertensos refratários. Nove apresentaram relação aldosterona/atividade plasmática da renina > 25 (8,5% do total). Destes, oito foram submetidos ao teste de supressão e um (hipertenso refratário) teve o diagnóstico confirmado de hiperaldosteronismo primário (0,96% do total). Foi realizada tomografia computadorizada de adrenais, sendo considerada normal. CONCLUSÃO: A prevalência do hiperaldosteronismo primário na amostra estudada foi de 0,96% do total. No entanto, quando avaliados apenas os portadores de hipertensão refratária, a prevalência foi de 14,3%.FUNDAMENTO: Hasta recientemente, se consideraba el hiperaldosteronismo primario como una causa rara de hipertensión secundaria. Sin embargo, a lo largo de los últimos años, muchos estudios han sugerido que esa enfermedad puede afectar hasta el 20% de los hipertensos. OBJETIVO: Determinar la prevalencia del Hiperaldosteronismo Primario en pacientes hipertensos en tratamiento en la Liga de Hipertensión de un Hospital Universitario. MÉTODOS: Se realizaron dosificaciones de aldosterona sérica y actividad plasmática de la renina en 105 pacientes, en vigencia del tratamiento antihipertensivo usual, excepto aquellos en uso de betabloqueantes y espironolactona, en ayuno y tras guardar reposo en posición acostada por 20 minutos. Aquellos con relación aldosterona/actividad plasmática de la renina mayor que 25 se sometieron a prueba de supresión con sobrecarga salina endovenosa y, luego de la confirmación de la autonomía de la secreción de aldosterona, se realizó tomografía computarizada de las adrenales. Los resultados se presentan como porcentajes, promedios y desviaciones estándar. RESULTADOS: De los 105 pacientes, el 6,54% eran hipertensos refractarios. Nueve presentaron relación aldosterona/actividad plasmática de la renina > 25 (8,5% del total). De estos, ocho se sometieron al examen de supresión y uno (hipertenso refractario) tuvo el diagnóstico confirmado de Hiperaldosteronismo Primario (el 0,96% del total). Se realizó una tomografía computarizada de adrenales, que estaba normal. CONCLUSIÓN: La prevalencia del Hiperaldosteronismo Primario en la muestra estudiada fue del 0,96% del total. Sin embargo, cuando se evaluaron sólo los portadores de hipertensión refractaria, la prevalencia fue del 14,3%.BACKGROUND: Until recently, primary hyperaldosteronism was considered a rare cause of secondary hypertension. However, in recent years, many studies have suggested that this disease can affect up to 20% of hypertensive individuals. OBJECTIVE: To determine the prevalence of primary hyperaldosteronism in hypertensive patients treated at the hypertension league of a university hospital. METHODS: Serum aldosterone and plasma renin activity levels were measured in 105 patients while they were undergoing standard antihypertensive treatment, with the exception of those using betablockers and spironolactone, in fasting condition and after rest in the supine position for 20 minutes. Those with an aldosterone/plasma renin activity ratio > 25 were submitted to the saline suppression test and, after the confirmation of the autonomy of aldosterone secretion, a computed tomography of the adrenals was performed. The results are presented as percentages and means and standard deviations. RESULTS: Of the 105 patients, 6.54% presented refractory hypertension. Nine presented an aldosterone/plasma renin activity ratio > 25 (8.5% of the total). Of these, 08 were submitted to the saline suppression test and 01 (with refractory hypertension) had the diagnosis of primary hyperaldosteronism confirmed (0.96% of the total). A computed tomography of the adrenals was performed, which showed normal results. CONCLUSION: The prevalence of primary hyperaldosteronism in the studied sample was 0.96% of the total. However, when only the patients with refractory hypertension were evaluated, the prevalence was 14.3%.
Keywords