Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano (Jun 2020)

Espessura muscular e desempenho funcional em pacientes com doença de Parkinson

  • Odilon Abrahin,
  • Daniele Magalhães Souza,
  • Wilson Mateus Gomes da Costa Alves,
  • Alexandre Ferreira da Silva

DOI
https://doi.org/10.1590/1980-0037.2020v22e60774
Journal volume & issue
Vol. 22, no. 0
pp. e60774 – e60774

Abstract

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Os objetivos do presente estudo foram: a) testar se existe diferença entre os valores de espessura muscular mensurados por ultrassonografia em três diferentes pontos, nos músculos flexores de cotovelo e extensores do joelho em pacientes com doença de Parkinson (DP); b) Testar se existe correlação entre a espessura muscular e desempenho funcional em pacientes com DP. A medida de espessura muscular foi avaliada por ultrassonografia em três pontos anatômicos nos flexores de cotovelo (proximal – FC1, médio, FC2, e distal – FC3) e extensores de joelho (proximal – EJ1, medial - EJ2, e distal – EJ3), além da avaliação do desempenho funcional (teste de sentar e levantar, e flexão de cotovelo) de 31 pacientes (64.6 ± 10.6 anos de idade) com DP. Os resultados sugerem que a espessura muscular do ponto FC3 foi significativamente (p>0.05) menor que os valores do ponto FC2 e FC1. A espessura muscular dos extensores do joelho foi estatisticamente diferente nos pontos anatômicos dos músculos reto da coxa e vasto intermédio (EJ1>EJ2>EJ3). Não houve correlação entre a espessura muscular e o desempenho funcional dos membros inferiores (r= 0.17; p= 0.35) e superiores (r= -0.17; p= 0.34) de pacientes com DP. Os resultados do nosso estudo indicam que o ponto anatômico de mensuração exerce influência significativa na espessura muscular dos flexores do cotovelo e extensores do joelho de pacientes com DP. Desta forma, a determinação criteriosa dos locais de avaliação da espessura muscular é uma variável fundamental, quando o objetivo é quantificar a espessura muscular em pacientes com DP.

Keywords