Fronteiras (Jan 2023)

Narrativas sobre a morte do vereador Marcelino Chiarello, um ativista de Direitos Humanos

  • Cesar Capitanio,
  • José Carlos Radin

DOI
https://doi.org/10.36661/2238-9717.2023n41.13148
Journal volume & issue
no. 41

Abstract

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O presente artigo destaca os enredos que constituem a disputa de narrativas surgidas sobre a polêmica morte do vereador de Chapecó-SC, Marcelino Chiarello, ocorrida em 2011. Contextualiza o personagem, em especial a partir da sua formação sociopolítica, tecida no âmbito da Teologia da Libertação, vertente da Igreja Católica. Nesse cenário, caracteriza Chiarello como um líder radical, no sentido de “ir à raiz dos problemas”, um ativista de causas sociais e de Direitos Humanos. Quando exercia seu segundo mandato político, foi encontrado enforcado em sua própria residência, em 28 de novembro de 2011, fato que passou a gerar grandes controvérsias ligadas à tese de homicídio e/ou de suicídio. Nesse sentido, o texto apresenta a narrativa de homicídio, sustentada na linha de investigação inicialmente adotada pela Polícia Civil, com base no laudo de legista do IML. Essa tese foi contraposta com a de suicídio, baseada em um laudo do Instituto Geral de Perícias e, posteriormente, em outro laudo, produzido pela Polícia Federal. Por sua vez, outro laudo produzido por equipe de Medicina Legal da Universidade de São Paulo defendeu e retomou a tese de homicídio. O artigo foi produzido com base em matérias da imprensa, discursos do legislativo chapecoense, entrevistas e publicações acadêmicas sobre o fato.

Keywords