Estudos Ibero Americanos (Jan 2007)
Ingênuos e órfãos pobres: a utilização do trabalho infantil no final da escravidão
Abstract
A exploração do trabalho do meno, do ingênuo e do orfão desvalido, filhos de libertas e mulheres solteiras pobres foi amplamente difundido entre muitos fazendeiros e membros da elite brasileira no final da escravidão. Ex-senhores de Taubaté amparados pelo judiciário buscaram tutelar os filhos de suas escravas libertas no início de 1888, crianças e jovens que, da condição de ingênuos, foram lançados à condição de orfãos desamparados. Ao serem tutelados, tais menores eram encaminhados ao serviço doméstico ou ao trabalho na lavoura