Revista Brasileira de Ortopedia (Jan 2011)
Existe diferença no prognóstico de pacientes com osteossarcoma primário com uma pobre resposta à quimioterapia neoadjuvante entre os graus I e II de huvos? Is there any difference in the prognosis for patients with primary osteosarcoma with a poor response to neoadjuvant chemotherapy between huvos grades I and II?
Abstract
OBJETIVO: Haveria diferença no prognóstico de pacientes que apresentam, por exemplo, 8% ou 88% de necrose tumoral induzida pela quimioterapia, apesar de ambos serem considerados maus respondedores? O objetivo deste estudo foi comparar o prognóstico da graduação histológica (grau I versus II de Huvos) após efeito quimioterápico nos pacientes portadores de osteossarcoma primário, não metastático ao diagnóstico. MÉTODOS: Vinte e quatro pacientes admitidos em um serviço de referência entre 2000 e 2004 foram eleitos para o estudo. As probabilidades de sobrevida acumuladas foram feitas pela técnica de Kaplan-Meier. Os índices I e II de Huvos, para o grau de necrose após efeito quimioterápico, foram avaliados como variáveis para determinação de seu valor prognóstico em relação à sobrevida livre de recidiva local, sobrevida livre de metástases e sobrevida global, utilizando-se o teste Log-Rank. RESULTADOS: Quando comparados, os graus I e II de Huvos atingiram os seguintes valores de P nas sobrevidas estudadas: sobrevida livre de recidiva local (P = 0,731), sobrevida livre de metástases (P = 0,596) e sobrevida global (P = 0,669). CONCLUSÃO: Nesta série, os graus I e II de Huvos, comparativamente, não são de valor prognóstico, comportando-se de forma semelhante.OBJECTIVE: Would there be any difference in the prognosis for patients who presented, for example, 8% or 88% tumor necrosis induced by chemotherapy, even though both individuals were considered to be poor responders? The aim of this study was to compare the prognoses for different histological grades (Huvos grade I versus grade II), consequent to chemotherapy, among patients with primary osteosarcoma that was not metastatic at diagnosis. METHODS: Twenty-four patients admitted to a referral center between 2000 and 2004 were selected for the study. The accumulated chances of survival were calculated using the Kaplan-Meier technique. Huvos grades I and II for necrosis consequent to chemotherapy were evaluated as variables in order to determine their prognostic value, in relation to local recurrence-free survival, metastasis-free survival and overall survival, using the log-rank test. RESULTS: Comparing Huvos grades I and II, the following P values for survival were attained: local recurrence-free survival (P = 0.731), metastasis-free survival (P = 0.596) and overall survival (P = 0.669). CONCLUSION: In this series, Huvos grades I and II did not have any comparative prognostic value and had similar behavior.
Keywords