Sinais de Cena (Jun 2016)
Também foi assim que as coisas se passaram
Abstract
Este documento abordará a questão da transmissão da memória e a sua relação com história recente portuguesa, da palestra performativa de Joana Craveiro Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas] [Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas (2014). Tentámos articular os conceitos de memória cultural com a pequena memória (que nos torna únicos, em contraste com a grande e generalizada memória), a partir de uma narração do geração pós-memória, seguindo o processo criativo deste trabalho. Em consonância com a geração artística produções do Teatro do Vestido (a companhia de teatro pertencente a Joana Craveiro), que desde 2001 trabalhou exclusivamente com textos originais de natureza autobiográfica, A Living Museum é construído sobre vários pontos de partida, articula várias vertentes de uma história complexa e permite preencher os espaços em branco na narrativa convencional sobre a história recente portuguesa. A macroestrutura segue a ordem cronológica - a ditadura, a reencenação do dia da revolução, e finalmente, após o jantar (comemorativo) popular, vem o subsequente O material provém de um repositório, e de acordo com o processo revolucionário (PREC). perspectiva artística de Craveiro e dos seus critérios de selecção, é transformada numa perspectiva interpretativa monólogo que chama muitas outras vozes através de uma construção inclusiva: "O Museu é minha, mas é também das pessoas que nunca tinham tido uma voz e cuja voz eu queria ouvir".