Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (May 2008)

Desenvolvimento embrionário em ratas tratadas com tacrolimus durante a fase de pré-implantação Embryo development in rats treated with tacrolimus during the preimplantation phase

  • Alessanda Fernandez Louzada Hoegmann Ramos,
  • Jhennifer Kliemchen Rodrigues,
  • Lorena Ribeiro da Silva,
  • Martha de Oliveira Guerra,
  • Vera Maria Peters

DOI
https://doi.org/10.1590/S0100-72032008000500003
Journal volume & issue
Vol. 30, no. 5
pp. 219 – 223

Abstract

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OBJETIVO: avaliar a toxicidade do tacrolimus sobre o desenvolvimento embrionário em ratas tratadas durante o período de trânsito tubário. MÉTODOS: sessenta ratas Wistar foram distribuídas em quatro grupos (15 animais cada), que receberam diferentes doses de tacrolimus por via intragástrica: (T1) 1,0 mg/kg/dia, (T2) 2,0 mg/kg/dia e (T3) 4,0 mg/kg/dia. O grupo controle (C) recebeu água destilada. As ratas foram observadas diariamente para detectar sinais clínicos de toxicidade. O tratamento foi realizado do primeiro ao quinto dia de gestação. As seguintes variáveis maternas foram analisadas: peso corporal, de ovários, fígados e rins, consumo de alimento, número de corpos lúteos, implantes, fetos vivos e mortos e índice de implantação. Os fetos e placentas foram pesados e os primeiros foram observados para detectar malformações externas. Estatística: análise de variância (ANOVA), uma via, seguida de teste de Dunnett (alfa=0,05). RESULTADOS: não ocorreram indícios clínicos de toxicidade materna, tais como perda de peso, redução do consumo de alimento ou do peso de órgãos (p>0,05). Também não houve diferença significativa no peso corporal dos fetos (C: 1,8±0,6; T1: 2,2±0,5; T2: 1,9±0,5 e T3: 2,0±0,5 g) e de placentas (C: 1,6±0,4; T1: 1,5±0,4; T2: 1,8±0,4 e T3: 1,6±0,4 g), com p>0,05. Nenhuma malformação externa foi detectada. CONCLUSÕES: a administração de tacrolimus a ratas prenhes durante o período de trânsito tubário não parece ter qualquer efeito tóxico e materno ou embrionário.PURPOSE: to evaluate the toxicity of tacrolimus on embryonic development in rats treated during the tubal transit period. METHODS: sixty Wistar rats were distributed into four groups (15 animals each), which received different doses of tacrolimus through intragastric administration: (T1) 1.0 mg/kg/day, (T2) 2.0 mg/kg/day and (T3) 4.0 mg/kg/day. The control group (C) received distilled water. The rats were observed daily to detect clinical signs of toxicity. The treatments were performed from the first to the fifth day of pregnancy. The following maternal variables were analyzed: body, ovary, liver, and kidney weights, food intake, number of corpora lutea, implants, alive and dead fetuses, and implantation rates. The fetuses and placentae were weighed and the former were observed in order to detect external malformation. Statistical analysis was performed by one way: analysis of variance (ANOVA), folowed by the Dunnet test (alpha=0.05). RESULTS: there were no signs of maternal toxicity, such as body weight loss, decrease in food intake or in organ weights (p>0.05). There was also no significant difference among weights of fetuses (C: 1.8±0.6; T1: 2.2±0.5; T2: 1.9±0.5 and T3: 2.0±0.5 g) and placentae (C: 1,6±0.4; T1: 1.5±0.4; T2: 1.8±0.4 e T3: 1.6±0.4 g), with p>0.05; no external malformation was detected in the fetuses. CONCLUSIONS: the administration of tacrolimus to pregnant rats during the tubal transit period does not seem to generate any toxic effect to mother or embryo.

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