Brazilian Journal of Infectious Diseases (Jan 2022)

AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS ACADÊMICOS DO ENSINO SUPERIOR SOBRE A INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV)

  • Rávila Fernanda Sousa Maia,
  • Leidiene Gabriely Silva,
  • Larisse Silva Dalla Libera,
  • Geisenely Vieira dos Santos Ferreira

Journal volume & issue
Vol. 26
p. 102117

Abstract

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Introdução/Objetivo: Os jovens são o público mais afetado pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e pela síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), pois são mais susceptíveis a terem múltiplos parceiros sexuais, realizarem sexo sem proteção ou fazerem uso de drogas. Desta forma este estudo tem por objetivo avaliar o nível de conhecimento sobre a infecção por HIV e a SIDA, em acadêmicos de graduação, em uma Instituição privada no interior de Goiás. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo transversal, em que foram aplicados autoquestionários onlines em estudantes de graduação, independente do período ou curso. Os questionários continham 42 questões objetivas relacionadas com conhecimento sobre HIV, SIDA e profilaxia. Os questionários foram divulgados eletronicamente por meio das mídias sociais e por correio eletrônico, convidando os acadêmicos a participarem de forma voluntária, respeitando os critérios do TCLE e a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o número do parecer 4.782.560. Os dados foram tabulados e analisados quantitativamente e qualitativamente pelo Graph Pad Prism. Resultados: No total 126 alunos responderam à pesquisa, em que a maioria tinha entre 18 e 23 anos (88,1%), eram do sexo feminino (73%) e tiveram vida sexual ativa antes dos 18 anos de idade (60,7%). Grande parcela dos acadêmicos possuem apenas um parceiro sexual (53,1%), apesar de que (46.9%) relataram fazer sexo com mais de um parceiro e fazer uso de preservativos (43,7%). A maioria dos participantes não conhecem as formas de transmissão do vírus, por exemplo, acham que compartilhamento de utensílios pessoais transmite o HIV. As informações sobre a infecção do HIV foram obtidas principalmente da internet e não por campanhas públicas, além disso, observa-se que não há entendimento acerca da SIDA, pois, os conhecimentos sobre a transmissão não foram corretamente respondidos, onde o quadro clínico da SIDA transmite o HIV e não a síndrome provocada por ele. Quanto aos meios de prevenção à infecção pelo HIV, sobre profilaxia pós-exposição (PEP) e profilaxia pré-exposição (PREP), no geral, o conhecimento foi alto. Conclusão: O índice de conhecimento dos acadêmicos avaliados ainda é baixo, principalmente em relação as formas de transmissão do vírus e desenvolvimento da SIDA. A desinformação sobre o HIV associada a práticas sexuais de risco e a carência de informações principalmente por políticas públicas, impactam diretamente na prevalência e incidência do HIV.