Revista Brasileira de Cancerologia (Dec 2004)

Eutanásia e compaixão

  • Rodrigo Siqueira-Batista

DOI
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2004v50n4.2018
Journal volume & issue
Vol. 50, no. 4

Abstract

Read online

A experiência de estar morrendo, em decorrência de uma moléstia grave e incurável, pode albergar um profundo sofrimento, tanto pelas manifestações relativas à enfermidade - como a dor -, quanto pela iminência do fim - o se saber mortal. Nestes casos, quando a agonia e o desespero dão o tom, preenchendo completamente os momentos derradeiros do viver, a interrupção - definitiva - do martírio torna-se, muitas vezes, a melhor opção para aquele que se esvai, de tal sorte que uma boa morte, a eutanásia, pode se constituir em uma genuína libertação. Refletir, brevemente, sobre a moralidade da eutanásia - enfocando-se, de forma mais cuidadosa, a finitude, o sofrimento e a compaixão - é o escopo desta comunicação.

Keywords