Latin American Research Review (Mar 2021)
Practicing Intersectionality: Brazilian Domestic Workers’ Strategies of Building Alliances and Mobilizing Identity
Abstract
Domestic workers, as essentially black women in highly precarious conditions, lacking social protection, and often not recognized as proper workers, are considered particularly hard, or even impossible, to organize compared to the “standard” male industrial worker. Yet they have been mobilizing for decades in several countries, including Brazil, where they won new labor rights in 2015. Through an ethnographic study of domestic workers’ unions in Brazil, I argue that what has made their mobilization possible is precisely the intersectional dimension of their oppression. While gender, race, and class have produced multiple forms of exclusion, these vectors of oppression have also enabled domestic workers to build alliances with women’s, black, and workers’ movements, thus giving domestic workers more visibility and more resources to organize their members. I have identified three forms of alliance building, each determined by domestic workers’ unions’ particular framing of gender, race, and class issues: rigid autonomy, critical alliance, and encompassing unionism. Resumo Sendo essencialmente mulheres negras em condições altamente precárias, sem proteção social e muitas vezes não reconhecidas como trabalhadoras, as trabalhadoras domésticas são consideradas particularmente difíceis, ou mesmo impossíveis, de organizar, em comparação com o trabalhador industrial “padrão” e masculino. No entanto, elas estão se mobilizando há décadas em vários países, incluindo o Brasil, onde conquistaram novos direitos trabalhistas em 2015. Através de um estudo etnográfico dos sindicatos de trabalhadoras domésticas no Brasil, argumento que o que tornou possível sua mobilização é precisamente a dimensão interseccional de sua opressão. Embora gênero, raça e classe tenham produzido múltiplas formas de exclusão, esses vetores de opressão também permitiram que as trabalhadoras domésticas construíssem alianças com os movimentos de mulheres, negros e de trabalhadores, lhes dando mais visibilidade e mais recursos para organizar seus membros. Eu identifiquei três formas de construir alianças, cada uma determinada pelo modo com o qual os sindicatos de trabalhadoras domésticas entendem as questões de gênero, raça e classe: a autonomia rígida, o aliado crítico e o sindicalismo abrangente.